quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Artigo no Jornal O Estado - Aliança PMDB – PT no Ceará

O futuro da aliança do Partido do Movimento Democrático Brasileiro e do Partido dos Trabalhadores, na política cearense, só será decidido no fórum interno de Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) não colocará nenhum obstáculo para a concretização desse palanque estadual, em terra cearense.

O PMDB e o PT sempre tiveram posicionamentos eleitorais similares no campo da oposição e no campo da situação, nos últimos vinte anos. Durante os quatro pleitos eleitorais (1990 – 1994 – 1998 – 2002) para o Governo Estadual, esses partidos lançaram candidaturas próprias, nunca fizeram aliança no primeiro turno.

O PMDB sempre fez oposição aos tucanos enquanto estiveram no poder no Estado do Ceará. Essa agremiação partidária tinha como principal ponto da base política  se contrapor ao PSDB, através da sua administração no município de Fortaleza. Atuando  como polo de centro- direita na oposição de confronto ao grupo político do ex- governador Tasso Jereissati (PSDB).

O sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O PT sempre liderou uma frente de oposição entre os partidos de centro-esquerda (PSB – PC do B), no período da Era Tasso Jereisssati (1987–2002). A construção de uma frente ampla de organizações sociais capitaneadas pelo PT, no período que era o partido da contraordem, foi essencial para conseguir aumentar as suas bancadas legislativas (Câmara, Assembleia, Congresso).

A vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito eleitoral de 2002, foi importante para alguns setores peemedebistas, pois logo em seguida conseguiram entrar no Governo federal. Na época o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB) foi indicado como Ministro da Comunicação, com isso o diretório estadual do PMDB criava uma interlocução direta com a cúpula nacional do PT via Planalto.

A primeira aliança numa chapa majoritária para eleger o atual governador Cid Gomes (PSB), no pleito eleitoral de 2006, entre essas duas agremiações partidárias, só foi possível, por interesse conjunto do Planalto, com o ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB).

Os diretórios estaduais do PT e do PMDB fizeram os seus acordos particulares com o diretório estadual do PSB, naquela eleição. O mesmo expediente foi usado na construção da chapa majoritária vencedora para reeleição do governador Cid Gomes em 2010.

O PMDB e o PT não serão reféns de acordos diretos entre o Planalto e o presidente do diretório estadual do PSB, no caso do engenheiro Cid Gomes (PSB), todavia, o debate é feito diretamente por suas cúpulas a nível nacional. O futuro da coligação local entre o PT e o PMDB será traçado de acordo com os interesses dos palanques regionais favoráveis a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).


Nenhum comentário:

Postar um comentário