A vitória do candidato
Roberto Cláudio para chefia do executivo municipal de Fortaleza, por si só, já
é responsável pela disputa da presidência nas duas principais casas
legislativas do estado (Assembleia Legislativa do Ceará – Câmara Municipal de Fortaleza).
O novo bloco partidário
(PMDB – PSB) dominante da política cearense, já não necessita de aliança de
acomodação de interesses com o Partido dos Trabalhadores.Assistimos a formação
do novo condomínio administrativo do Governo estadual em parceria com o futuro
Governo municipal de nossa capital sem a presença do grupo político da atual
prefeita.
O PT não é peça fundamental
para os projetos políticos comuns do governador Cid Gomes (PSB) e do senador
Eunício Oliveira (PMDB), para o pleito eleitoral de 2014.
Roberto Cláudio e o futuro
da coligação PMDB – PSB
O governador Cid Gomes no
decorrer do final do seu segundo mandato já definiu o PMDB – Eunício Oliveira como o seu principal aliado interno no seu
consórcio partidário ( PSB – PP – PC do B – PTB – PMDB – PDT – Outros). Os
irmãos Gomes perderam algumas parcerias políticas - administrativas de longa
data nesses dois governos: o primeiro foi a aliança com o ex – senador Tasso
Jereissati (PSDB) no pleito eleitoral de 2010, ambos foram do mesmo grupo
político – administrativo por quase duas décadas; o segundo rompimento de parceria
com o Partido dos Trabalhadores na eleição municipal de Fortaleza. Essa aliança
política - administrativa já havia passado por três pleitos eleitorais (2006 –
2008 – 2010), com saldos positivos de vitórias para os dois grupos, e sempre
foram benéficas para o PSB e o PT.
O prefeito eleito de
Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PSB), já herdaria por natureza, o primeiro
teste da força da união partidária, entre o PSB e o PMDB, à frente de uma
administração pública sem o PT. O sucesso dessa parceria política –
administrativo será o complemento para aliança de 2014 para o Governo do Estado
do Ceará.
Partido dos Trabalhadores e
a sua equação política interna
A prefeita Luzianne Lins
ensaia os primeiros passos no caminho de afastamento do cargo executivo
municipal de Fortaleza, o seu grupo político será bem reduzido sem a força da
máquina pública municipal da capital. O Partido dos Trabalhadores tem uma
cultura política de realinhamento das forças internas. A corrente da Democracia Socialista não tem força sozinha para comandar o diretório estadual da agremiação
partidária, isso vai levar para uma disputa entre as outras correntes pelo
comando. A intervenção da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores será
uma alternativa plausível para os interesses políticos – administrativos da
presidente Dilma Rousseff e do ex – presidente Luís Inácio Lula da Silva em
solo cearense.
A saída do Partido dos
Trabalhadores do bloco político – administrativo do governador Cid Gomes (PSB),
já causou desiquilíbrio interno. Os petistas não estão preparados para ser os
novos oposicionistas ao bloco partidário PMDB – PSB. Muitos quadros do Partido
dos Trabalhadores ainda mantêm uma forte dependência do Governo estadual, o
exemplo máximo é a sua bancada parlamentar da Assembleia Legislativa do Ceará.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa no programa " A Verdade " - TV União. Assunto - O resultado das urnas na Eleição 2012.
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