sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Nova Polarização - Marina Silva nova adversária de Dilma Rousseff - Lula

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 11 de Setembro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Nova Polarização - Marina Silva nova adversária de Dilma Rousseff - Lula.

http://www.oestadoce.com.br/noticia/nova-polarizacao


A divulgação nesta terça-feira da pesquisa CNT/MDA para a corrida presidencial aponta o crescimento nas intenções de voto para Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). A atual presidente, que no levantamento anterior aparecia com 34%, agora tem 38%. A presidenciável Marina Silva subiu de 28% para 33%, diminuindo a diferença entre as duas candidatas de 6% para 4,6%, no primeiro turno. A pesquisa ainda mostrou que Aécio Neves (PSDB) segue em queda: tinha 16% das intenções, e agora aparece com 14,7%.
Neste novo cenário, Dilma e Marina disputariam o segundo turno. Na simulação, a ex-ministra do Meio Ambiente venceria as eleições: conforme a CNT/MDA, ela aparece com 45,5%, contra 42,7% da petista. A configuração da nova polarização da política brasileira entre a petista e a socialista. O presidenciável tucano Aécio Neves encontra imensa dificuldade para superar essa nova dicotomia da sucessão presidencial de 2014. O revezamento da Presidência entre PT e PSDB pode chegar ao fim com a ida de Marina Silva ao segundo turno, apontam pesquisas.
O resultado da eleição de 2010, quando Marina Silva teve votação expressiva obtendo  a terceira colocação, com 19,33% dos votos validos no primeiro turno, já indicava sua força politica. Os movimentos de protestos de junho de 2013, o crescimento de um eleitorado mais crítico e a ascensão dos eleitores evangélicos representam fortes indícios da ruptura da antiga polarização. O PSB coloca-se na atual eleição como um partido de terceira via entre as duas maiores forças políticas brasileiras: o PT de Dilma Rousseff e o Partido da Social Democracia Brasileira de Aécio Neves.
A presidenciável Marina Silva e o comando nacional do Partido Socialista Brasileiro defendem um governo de união entre pensadores de esquerda na área social e os pensadores de direita na área da economia. O PSB apoia a autonomia do Banco Central. Na visão dos analistas políticos, o voto na candidata socialista é sedimentado mais pelo sentimento do que pela razão, o que o torna mais difícil de ser alterado.
O eleitorado brasileiro está buscando exatamente um novo modelo político, que, no momento, é a oferta da candidata do PSB. O discurso de Marina Silva, de tentar se descolar da polarização do PT e PSDB soou como atrativo aos ouvidos dos eleitores dos grandes centros urbanos e daqueles que estavam indecisos. O fim da antiga polarização da política brasileira para sucessão presidencial já é um fato, como irão comprovar as próximas pesquisas de opinião pública.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.


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