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A sucessão presidencial de 2014 neste segundo turno, já é marcada pelo confronto virtual dos militantes petistas e os ativistas tucanos nas redes sociais. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) têm feitos as suas campanhas eleitorais, com tons críticos negativos um contra o outro, isso é reproduzido no espaço público abstrato da Internet. O futuro presidente da República precisa vencer o debate público entre os internautas.
No cotidiano do cidadão-eleitor o debate público, da sucessão para presidente da República, é quase sempre pautado pela cobertura jornalística dos principais veículos de comunicação, como pelo Horário Político Eleitoral na Televisão e Rádio. O segundo turno por si só já criou automaticamente dois polos de escolha política do eleitor brasileiro, mas isso não é nítido, nas manifestações espontâneas das pessoas nos espaços públicos ou privados, uma vez que é mais intenso no mundo virtual. Os petistas e os tucanos vão se confrontar com mais ímpeto nas redes sociais.
No espaço público das redes sociais do Facebook e do Twitter, como também nos grupos do WhatsApp, já temos outro lado do segundo turno da sucessão presidencial, com o cidadão-eleitor assumindo posições contundentes, em favor de seus candidatos (Presidente e Governador) ou seu candidato (Presidente), isso de acordo com o pleito eleitoral do seu estado. A imparcialidade política-eleitoral no cotidiano dá lugar a um debate radical no mundo virtual.
A presidente Dilma Rousseff (PT) sempre manteve uma coordenação especifica de militância virtual no comando da sua campanha de reeleição. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) nunca teve um trabalho de longo prazo para construção de uma militância virtual tucana, por isso precisa da adesão de seus simpatizantes nas redes sociais de sua campanha eleitoral. Os principais debates públicos nas redes sociais são produzidos de maneira artificial nos núcleos das campanhas.
O espaço público abstrato da Internet deverá ser o espaço dos grandes embates entre os simpatizantes das duas candidaturas no segundo turno da corrida presidencial. O cidadão-eleitor não demonstra esse mesmo ímpeto no seu cotidiano em relação ao processo politico-eleitoral, por isso tem adotado uma postura discreta ou quase silenciosa, mas que é quebrada quando está a frente do seu computado ou notebook, como também quando usa usar seu smartphone, para expressar a sua opinião aos seus amigos. Nos próximos dez dias iremos assistir a um caloroso debate virtual entre os brasileiros nas redes sociais, contrastando com o silencio nas ruas e nas casas.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
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| Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político |
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