quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Artigo no Jornal O Estado: Surpresa Eleitoral - Aécio Neves poderá ir ao segundo turno?

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 02 de Outubro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Surpresa Eleitoral - Aécio Neves poderá ir ao segundo turno?
A sucessão presidencial de 2014 foi uma caixa de surpresas para a maioria dos analistas políticos. O início do processo eleitoral tinha script tão bem definido, que não havia erro no diagnóstico do segundo turno, como também o papel de cada candidatura no espetáculo midiático. A presidente Dilma Rousseff (PT) como principal presidenciável na defensiva em relação aos ataques dos seus principais concorrentes da oposição: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Pela primeira vez na história do maior partido de oposição ao governo federal, no caso especifico do Partido da Social Democracia Brasileiro, foi feita a escolha antecipada de uma candidatura para Presidência da República. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) construiu uma coligação partidária oposicionista com ramificações em vários palanques regionais da própria base governista (PMDB-PSD-PP).
A construção de uma candidatura de centro-esquerda, após quase doze anos de administração do Partido dos Trabalhadores, sob a liderança do ex-governador Eduardo Campos (PSB), surgiu como uma proposta de ser a terceira via, como força auxiliar ao PSDB, em caso de segundo turno, contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Na construção de uma frente partidária oposicionista informal durante todo processo político-eleitoral. A colaboração entre o PSDB e o PSB em vários palanques regionais.
A morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) no mês de agosto, mudou o cenário com a entrada de sua substituta, que era a sua companheira de chapa majoritária, a ex-senadora Marina Silva (PSB), isso pôs fim à aliança informal, com o PSDB. A campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) saiu do discurso defensivo e foi para o ataque visando desconstruir a nova postulação socialista, com ajuda da campanha do presidenciável tucano, por isso ocorreu a suspensão do antigo duelo PT versus PSDB.
A presidenciável Marina Silva (PSB) manteve imenso poder de resistência em relação a esse processo de desconstrução da sua postulação à Presidência da República feita pelas duas maiores coligações partidárias. Os últimos dez dias da sucessão presidencial já mostraram uma queda nos índices dos votos válidos da candidatura socialista, que foi causada pelas campanhas negativas tucanas e petistas nos meses de agosto e setembro.
As últimas pesquisas de opinião pública dos principais institutos (Datafolha, Ibope, Vox Populi, MDA e Sensus) já sinalizaram um cenário quase comum entre  os três principais presidenciáveis: Dilma Rousseff (PT) 40%, Marina Silva (PSB) 25% e Aécio Neves (PSDB) com 20% dos votos válidos. O segundo turno terá a participação da presidente Dilma Rousseff. A nova surpresa poderá ser o seu outro protagonista: Marina Silva ou Aécio Neves.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político



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