quinta-feira, 3 de julho de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Palanque Duplo ou Nulo

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 03 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/palanque-duplo-ou-nulo

Os principais concorrentes da sucessão presidencial de 2014 vão estar em palanques distintos em nível federal, mas reunidos, em alguns estados, nos mesmos palanques locais. A presidente Dilma Rousseff terá a maior coligação proporcional, para a sua reeleição, mas será obrigada a dividir palanques regionais com os seus principais concorrentes: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O Partido dos Trabalhadores montou a maior coligação partidária dos últimos vinte anos, para a sua candidata natural, na sucessão presidencial de 2014. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem apoio de uma frente ampla de agremiações partidárias no seu palanque nacional de reeleição: PT-PMDB-PSD-PP-PR-PCdoB. Dilma Rousseff terá vários diretórios estaduais dissidentes no seu atual bloco político-eleitoral.

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) será obrigada a dividir o mesmo palanque, com o seu concorrente, o presidenciável Eduardo Campos (PSB), pelo menos em três estados: Amapá, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Os socialistas foram aliados dos petistas nas últimas eleições regionais, mas o caso mais emblemático, sem dúvida é aliança no estado, do Rio de Janeiro, que criou uma situação clara de único palanque local, com uma divisão oficial para dois presidenciáveis. Nos outros estados já temos uma coabitação das duas candidaturas à Presidência da República.
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro será o principal aliado na esfera federal do Partido dos Trabalhadores, mas isso não impede que vários diretórios estaduais possam compor palanques duplos, situação que se repetirá no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí e Bahia. O presidenciável tucano Aécio Neves será beneficiado com os peemedebistas que não terão primazia de fazer aliança regional com o partido da presidente Dilma Rousseff, onde não houve acomodação dos interesses eleitorais de peemedebistas e petistas, o palanque foi aberto à participação do PSDB, como principal aliado.
O fato novo na sucessão presidencial de 2014 será a existência de dois palanques peemedebistas, que não desejam apoiar nenhum candidato presidenciável: São Paulo e Paraná. O candidato peemedebista à sucessão estadual de São Paulo, o empresário Paulo Skaf já rejeitou abertamente o palanque nacional de sua agremiação partidária. O caso quase similar, ocorre com a candidatura peemedebista do ex-governador Roberto Requião no Estado do Paraná, que também não apresenta interesse de fazer dobradinha PT- PMDB na política local ou apoiar outra candidatura presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava os palanques estaduais, com o seu antigo aliado, o PSB, como não esperava perder alguns palanques locais do PMDB para o PSDB. Fato ainda mais emblemático foi o surgimento de dois palanques peemedebistas nulos.


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