quarta-feira, 16 de julho de 2014

Artigo no Blog do Eliomar de Lima - A manutenção do “Cidismo” sem Cid Gomes

Com o título “Nova Modernidade – Conservadora no Ceará – Cidismo sem Cid Gomes”, eis artigo do sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa. Ele analisa a perspectiva dos neocidistas no Estado. Confira:
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/manutencao-cidismo-sem-cid-gomes/
O governador Cid Gomes (PROS) deseja fazer uma renovação nas lideranças políticas do Ceará, apesar de adotar o conservadorismo da manutenção do poder, e por outro lado quer a renovação dos quadros administrativos dos principais cargos (Governador e Prefeitos), usando nestes casos o discurso da modernidade. Cid Gomes no último pleito eleitoral de Fortaleza e Sobral, foi o responsável pelo surgimento de dois novos prefeitos, que são os expoentes da modernidade – conservadora na gestão pública: o prefeito reeleito de Sobral, José Clodoveu de Arruda (PT), e o prefeito eleito de Fortaleza, o médico Roberto Cláudio (PROS).
Os irmãos Gomes (Ciro – Cid) já são considerados os políticos, com maior longevidade no poder da política cearense, com quase três décadas de participação no centro político da administração do Governo do Ceará: Tasso Jereissati (1987 – 1991); Ciro Gomes (1991 -1994); Tasso Jereissati (1995 – 2002); Lúcio Alcântara (2003 – 2006) e Cid Gomes (2007 – 2014).
O ex-ministro Ciro Gomes (PROS) optou pela coabitação política- administrativa, com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), para a manutenção do poder central, sem perspectiva de surgimento de uma terceira força, sem anuência dos dois. A única liderança permitida para dar um sopro de renovação na estratégia tática do condomínio político-administrativo de Tasso – Ciro, foi o ex-prefeito de Sobral e atual do chefe do executivo do Governo estadual, o engenheiro Cid Gomes, que foi eleito em 2006, com intuito de manutenção do poder central, mas havia um discurso de modernidade administrativa.
O governador Cid Gomes (PROS) desfez o acordo de coabitação política, com o grupo do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), bem no início do seu primeiro governo, pois cedeu um espaço reduzido ao Partido da Social Democracia Brasileira, com somente duas secretárias estaduais: Turismo e Justiça e Cidadania. Cid Gomes rompeu com o grupo político tassista na montagem de sua chapa majoritária para a sua reeleição no pleito eleitoral de 2010.
O modelo de coabitação política-administrativo de Ciro Gomes e Tasso Jereissati, foi substituído por uma nova modernidade-conservadora no campo político-administrativo do governador Cid Gomes (PROS), no seu segundo mandato. A criação de lideranças instantâneas para os cargos eletivos, em detrimento das lideranças tradicionais, com peso na política local, o caso mais bem sucedido, foi a eleição do atual prefeito de Fortaleza. Cid Gomes (PROS) procura fazer do deputado estadual Camilo Santana (PT) e da ex-secretária estadual, a pedagoga Izolda Cela (PROS), a sua chapa majoritária, que não teve compartilhamento ou consulta, com nenhuma outra força política aliada, pois o processo foi gestado no núcleo do poder do Palácio da Abolição. Cid Gomes deseja fazer a renovação consentida no seu grupo político: Cidismo sem Cid Gomes.
* Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.

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