quinta-feira, 17 de julho de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Aliança Oposicionista - Quem será o adversário da Dilma Rousseff no segundo turno: Aécio Neves ou Eduardo Campos.

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 17 de Julho de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
Nas últimas duas eleições para presidente da República, não houve união das oposições no segundo turno. No pleito eleitoral de 2006 a terceira colocada, a senadora Heloisa Helena (PSOL), não apoiou o candidato oposicionista no segundo turno, o tucano Geraldo Alckmin, contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No pleito eleitoral de 2010, a ex-senadora Marina Silva (PV) pregou a neutralidade em relação ao segundo turno entre os candidatos: Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
O processo pré-eleitoral da sucessão da presidente Dilma Rousseff (PT), foi marcado pela aproximação tática do Partido da Social Democracia Brasileira e do Partido Socialista Brasileiro, já nas eleições e reeleições de vários prefeitos nos pleitos eleitorais de 2012. O PSDB e o PSB vão coabitar em vários palanques regionais, com intuito de criar uma estratégia competitiva para os seus principais candidatos aos cargos do executivo (Governador) e dos legislativos (Câmara – Senado): Paraná, São Paulo, Pernambuco e outros.

Os atuais presidentes nacionais do PSDB e PSB são também presidenciáveis por seus respectivos partidos: o senador Aécio Neves e o ex-governador Eduardo Campos. A quase perfeita simetria entre essas duas lideranças das oposições a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT), por mais quatro no Planalto, sempre teve um empecilho, pois somente um dos dois poderá ir ao segundo turno, para o perdedor somente restaria apoiar o outro. Os tucanos e os socialistas têm vários pontos divergentes nas suas visões de fazer oposição ao governo federal.
O presidenciável tucano Aécio Neves procura atrair os dissidentes da base governista da presidente Dilma Rousseff, com isso tenta construir uma média de onzes palanques regionais competitivos pelo Brasil. O PSDB tem ligação histórica com a ala rebelde do PMDB, como também, com outras siglas governistas (PP – PR – PSD), sempre fazendo contraponto nos rearranjos locais as alianças do Partido dos Trabalhadores e os seus aliados históricos. Aécio Neves tem o perfil de conciliador de interesses políticos antagônicos entre os atores políticos, por isso tem apoio de setores conservadores e liberais da sociedade civil.
O presidenciável socialista Eduardo Campos procura atrair os setores urbanos e os dissidentes do campo democrático do Planalto para o seu palanque, por isso do discurso progressista oposicionista em relação ao candidato tucano e a presidente Dilma Rousseff (PT). Eduardo Campos será obrigado a dividir a sua campanha majoritária em duas frentes ou dois núcleos, com a sua companheira de chapa majoritária: a candidata socialista a vice-presidência Marina Silva. O PSB acredita nessa estratégia para chegar ao segundo turno contra o Partido dos Trabalhadores.
Entrevista no Programa Pela Ordem - TV Fortaleza -  Quinta - feira, 17 de Julho de 2014.


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