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Momento decisivo para o grupo político do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), chegou a hora de redefinir a sua atuação no cenário eleitoral. O Partido da Social Democracia Brasileira entrou num período de esvaziamento interno dos seus quadros nos últimos quatro anos, na política cearense.
O PSDB já nasceu no cenário local como uma agremiação partidária dentro da estrutura administrativa-eleitoral do Governo estadual. No primeiro mandato do governo do empresário Tasso Jereissati no final dos anos 80.
O tucanato cearense já teve uma representação completa de senadores cearenses: Beni Veras, Lúcio Alcântara, Sérgio Machado. Formava a metade da bancada da Câmara Federal, com algo em torno onze deputados federais por três legislaturas consecutivas: 1990–1994-1998. Na Assembléia Legislativa do Ceará sempre foi o partido com maior representação parlamentar, chegando a ter, no seu tempo áureo, vinte deputados estaduais.
O empresário Tomás Figueiredo e o consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O PSDB cearense deixou de fazer parte do arco da aliança parlamentar do governador Cid Gomes (PSB), no final do seu primeiro mandato (2007-2010). A saída do poder não fez bem ao tucanato cearense, em termos de número de filiados e de representações parlamentares. O PSDB se tornou uma agremiação partidária sem representação à altura da sua tradição politica no cenário local.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) surge como futuro presidenciável tucano na próximo eleição, com chances reais de ir para o segundo turno contra qualquer pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores. Aécio Neves precisa reorganizar o seu palanque, quase inexistente, em terras cearenses.
O empresário Tasso Jereissati não demonstra nenhum desejo de disputar o cargo majoritário do qual já foi mandatário por três gestões públicas. O PSDB não tem, até o momento, nenhuma candidatura para o governo do Ceará.
O ex-deputado estadual Tomás Figueiredo assumiu o comando do diretório municipal de Fortaleza, nos próximos dois anos. O mesmo deverá ser o principal articulador político, depois do ex- senador Tasso Jereissati, da candidatura do senador mineiro à presidência da República no palanque do Ceará.
O jovem empresário Tomás Figueiredo começa a construir uma série de rodadas de conversações, com a direção estadual do Partido da República, para uma estratégia de comum acordo, em função de uma chapa majoritária de oposição ao bloco partidário PSB-PT. Tomás Figueiredo deverá ser o principal interlocutor tucano num eventual apoio a pré-candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB) para o Governo Estadual. O PSDB poderá vir a apoiar o PMDB na sucessão estadual cearense do próximo ano.
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