sexta-feira, 5 de julho de 2013

Artigo no Jornal O Estado - A Classe Média Unida e Revoltada

O artigo que foi publicado na quarta - feira, 19 de Junho de 2013, no Caderno Opinião do Jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/noticia/classe-media-unida-e-revoltada
Nas últimas horas ocorreram várias manifestações nos principais centros urbanos do Brasil.
O símbolo da nação de classe média era o modelo de consumo da maioria da população. A saída de um contingente enorme de brasileiros da classe D e E para classe C, já era considerado a maior revolução econômica do início do Século XXI, em solo tupiniquim.
A classe média tradicional é classificada por famílias ou indivíduos com renda mensal acima de 10 salários mínimos. Esse grupo social cresceu nos últimos 10 anos no Brasil. A nova classe média  com renda mensal que varia de 5 a 10 salários mínimos, sempre se identifica com as causas políticas ou demandas sociais do estrato econômico acima da mesma.
A classe média tradicional brasileira nunca poderia, sozinha, eleger um presidente nos últimos pleitos eleitorais, mas agora constatamos a chegada do novo ator social no cenário político-partidário brasileiro: a nova classe média.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
A classe média unida poderá mudar essa realidade política. Nas últimas duas eleições para presidência da República, esses dois grupos distintos da classe média não chegaram um acordo político-eleitoral, pois a classe média tradicional sempre votava nos candidatos das oposições, quase sempre acontecia uma votação pulverizada no primeiro turno, somente ocorreria a união no segundo turno contra o candidato da situação, por outro lado a nova classe média sempre foi fiel eleitoralmente aos candidatos do Planalto.

Os interesses desses dois segmentos sociais nunca foram os mesmos, pois a classe média tradicional não reconhecia os novos membros vindos dos outros estratos sociais como iguais. A união desses subconjuntos num único conjunto de propostas somente aconteceu após a inflação na área de serviços e dos alimentos corroerem as suas poupanças bancárias, com a diminuição dos bens de consumo para classe média.

A classe média, unida em seus principais segmentos,  surge como responsável pelas principais manifestações contra o modelo do presidencialismo coalisão dos últimos vinte anos: Fernando Henrique–Lula–Dilma Rousseff. Os principais alvos, das críticas negativas, são as classes dirigentes sem distinções de serem da situação ou da oposição no campo partidário.
Nos grandes centros urbanos com maioria da população na classe média, já é notório os protestos políticos com maiores participações: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. A tendência é grande de que as outras cidades sigam esta onda de protestos sociais no período da Copa das Confederações: Fortaleza, Recife, Salvador, Belém, Manaus. O País vive um momento de protesto organizado.

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