quinta-feira, 15 de abril de 2021

Os Cem Dias do prefeito fortalezense José Sarto (PDT)

 



No mês de dezembro de 2020, eu fiz uma análise da perspectiva dos primeiros cem dias do mandato do novo prefeito de Fortaleza. O cerne da minha teoria era de que não haveria o continuísmo da administração do ex-prefeito, Roberto Cláudio (PDT), das suas duas gestões (2013-2020). A mudança iria ocorrer em todo núcleo político-administrativo do poder executivo, na capital cearense. Os meus clientes de consultoria política, em sua grande maioria, não acreditaram nas minhas previsões, então, vou expô-las nesse artigo. 

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o senador Tasso Jereissati (PSDB) são os grandes padrinhos da indicação do deputado estadual, José Sarto (PDT), como candidato a prefeito de Fortaleza, com o apoio do senador Cid Gomes (PDT) e do governador Camilo Santana (PT), pois os dois últimos fizeram a indicação do candidato a vice-prefeito na chapa majoritária vencedora do pleito eleitoral de 2020. O estilo administrativo do atual prefeito de Fortaleza, o médico José Sarto, é literalmente a cópia da modernidade conservadora das administrações estaduais do tassismo-cirista (1987-2002), com ênfase no controle fiscal e na diminuição do tamanho da máquina administrativa,estilo que agora está sendo reproduzido na prefeitura de Fortaleza.

 


O prefeito José Sarto (PDT) trouxe para a sua administração os principais partidos a nível nacional, com grande influência na Esplanada dos Ministérios: PSD, Progressista e PL. José Sarto manteve alguns espaços vitais de sobrevivência política-administrativa aos partidos progressistas: PSB, PC do B, Rede, PDT e alguns setores petistas. A guinada ideológica para o liberalismo puro do núcleo administrativo-político é monitorada pela dupla: Tasso Jereissati e Ciro Gomes. A filosofia econômica do núcleo financeiro da prefeitura de Fortaleza, sem dúvida vai se concentrar na recuperação das finanças públicas, numa reforma fiscal, para melhor arrecadar os atuais tributos, assim como os novos tributos que virão em breve. 

 

Os vereadores pedetistas robertistas não mantiveram as autarquias outrora sob o comando do núcleo político do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT),  isso mostra que houve uma mudança sem precedentes no primeiro escalão e no segundo escalão da atual administração municipal de Fortaleza. Os técnicos que atuaram nas administrações da ex-prefeita petista, Luizianne Lins, que continuaram nas administrações do ex-prefeito, Roberto Cláudio (PDT), na sua maioria não encontraram espaço de atuação administrativa, com o prefeito José Sarto (PDT).  Os novos quadros técnicos da prefeitura de Fortaleza são oriundos da iniciativa privada, com aval dos seguintes grupos políticos: Domingos Neto (PSD), A.J Albuquerque (Progressista), Júnior Mano (PL), Chiquinho Feitosa (DEM) e Tasso Jereissati (PSDB). 

 


O prefeito fortalezense, José Sarto, tem um estilo administrativo mais liberal na área econômica do que o seu antecessor, porém, é um laboratório da nova aliança política-administrativa entre o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o senador Tasso Jereissati (PSDB), com a modernidade conservadora que ressurgiu na política fortalezense, para influenciar a chapa majoritária do PDT e do PSDB, na sucessão estadual do governador Camilo Santana (PT).Ciro Gomes vai reconstruir a sua ponte de confiança, com a direção nacional do Cidadania (PPS), pois através do Cidadania poderá atrair a direção nacional do Partido Verde, contudo, o secretário municipal de Turismo de Fortaleza, o empresário Alexandre Pereira, sem dúvida é uma peça chave. A executiva estadual do Novo deverá ser procurada nos próximos dias pelo prefeito de Fortaleza, após a aproximação  que ocorreu do PDT nacional, com o presidente nacional do Novo, o empresário João Amoêdo, nos últimos dias. 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político




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