quinta-feira, 22 de abril de 2021

Ciro Gomes e o Polo Alternativo: PDT, Cidadania e PV

 

Foto da Folha de São Paulo


O ex-ministro Ciro Gomes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, vão reorganizar a trajetória das alianças regionais da agremiação trabalhista, após o surgimento da candidatura presidencial de Lula pelo Partido dos Trabalhadores. Ciro Gomes fez um bom trabalho de fortalecimento das relações institucionais, nas eleições municipais de 2020, com os seguintes partidos: PSB, PC do B e Rede. As cúpulas nacionais do PSB e do PC do B vão, provavelmente, apoiar a postulação do ex-presidente Lula (PT) à sucessão do presidente Jair Bolsonaro, no próximo ano. O PDT precisa construir um polo alternativo à frente partidária pró-Lula, nos próximos meses.

 

O presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, começa a organizar um pólo popular liberal contra a polarização do bolsonarismo versus o lulismo, pois há espaço, para uma terceira via de perfil liberal, na área econômica. Gilberto Kassab através de pesquisas qualitativas e quantitativas feitas pelo PSD, chegou a conclusão do potencial de crescimento de uma pré-candidatura do presidente do Senado, o empresário Rodrigo Pacheco, para a sucessão presidencial de 2022. As direções nacionais do DEM e do PSD começaram um processo de criação de uma agenda econômica conjunta, e depois irão montar  uma agenda política-eleitoral, com a provável participação das direções nacionais do PSDB e do MDB. O PDT nacional não teria muito espaço de atuação nesse pólo popular liberal.

 


O ex-presidente Lula tem a certeza da adesão do diretório pernambucano do PSB, à sua nova candidatura presidencial, fato que deverá atrair o PSB nacional, na Frente Brasil Popular: PT-PC do B-PROS-PCO e PSOL. A direção nacional do Partido dos Trabalhadores trabalha com a perspectiva de isolamento dos diretórios estaduais do PDT, nos pleitos eleitorais regionais de 2022. O ex-ministro Ciro Gomes mantém um posicionamento rígido de não negociação de palanque nacional, com o ex-presidente Lula, então, é muito difícil uma reaproximação do PDT e do PT, no primeiro turno do processo de reeleição do atual chefe do Governo Federal.

 

O presidente nacional do Cidadania, o ex-senador Roberto Freire, mantém um bom diálogo com o presidente nacional do Partido Verde, o ex-deputado federal José Luiz Penna, para a construção de uma frente ampla progressista não refém do lulopetismo, porém, ambos são opositores ao presidente da República. O ex-ministro Ciro Gomes e a direção nacional do PDT deveriam procurar essa frente ampla progressista, para a formação de um novo polo alternativo, para a sucessão presidencial de 2022. Ciro Gomes precisa compreender a existência desse bloco partidário de centro social-ecológico, com capacidade de recepcionar o PDT nacional, como o novo parceiro desse embrião político-eleitoral, para os pleitos eleitorais estaduais, com a possibilidade de uma candidatura presidencial.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 






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