sexta-feira, 2 de abril de 2021

Domingos Filho e o Jogo Político Cearense - O Futuro do PSD, PL e do PP?

 



O ex-deputado estadual e principal liderança regional do PSD, Domingos Filho, procura sempre fazer uma pontuação midiática, na política cearense, com ação e reação nas redes sociais e nos principais veículos de comunicação. Domingos Filho é reconhecido como um grande aliado do governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PDT), todavia, não é do núcleo político-administrativo do bloco partidário cirista-tassista: PDT e PSDB. O PT é aliado circunstancial do PSDB e do PDT, na política cearense.

 

O ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o senador Cid Gomes (PDT) junto ao senador Tasso Jereissati (PSDB) fazem parte de uma frente anti-bolsonarista de perfil ideológico liberal-social a nível nacional e local. O governador Camilo Santana deve acompanhar a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula, numa frente popular-social contra o Planalto, contudo, temos a aliança informal, com a frente liberal-social, na esfera nacional e na esfera regional. O eleitorado cearense anti-bolsonarista não vai aceitar nenhuma aliança dos líderes cirista-tassistas e camilista-petistas, com algum integrante da base aliada do presidente Jair Bolsonaro, no Ceará: PSD, PP e PL. 

 


A direção estadual do PSD tem interesse em fazer parte da chapa majoritária da coligação PDT-PSDB, porém, as seguintes direções partidárias locais também têm o mesmo interesse político-eleitoral: PP e PL. Há o choque de interesses entre esses partidos governistas camilista-bolsonaristas no tabuleiro do xadrez cearense, mas, não tem como unir o eleitorado bolsonarista e o eleitorado anti-bolsonarista, na política alencarina. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) deverá indicar o candidato a governador e o senador Tasso Jereissati vai concorrer à reeleição, já o atual governador, Camilo Santana (PT),  irá fazer a indicação do candidato a vice-governador da chapa majoritária governista anti-bolsonarista. O eleitorado cirista-tassista é um sub-conjunto do eleitorado anti-bolsonarista, na política regional.

 


O movimento político-eleitoral do ex-vice-governador, Domingos Filho (PSD), é limitado pela polarização entre bolsonaristas e anti-bolsonaristas, na política nacional e local. O bloco hegemônico da política cearense (PDT, PSDB e PT) não pode fazer jogo duplo perante o eleitorado anti-bolsonarista, com o perigo de uma rejeição que pode se transformar em voto favorável a chapa majoritária pró-Capitão Wagner (PROS) ao Governo Estadual. Domingos Filho vai procurar construir um novo campo político-eleitoral, para a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará independente do governador eleito, no pleito eleitoral de 2022.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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