terça-feira, 13 de abril de 2021

Eunício Oliveira e o Pós-Lulismo Cearense

 



O ex-presidente Lula começa a montar os palanques estaduais do Partido dos Trabalhadores, principalmente na região do nordeste brasileiro. O ex-ministro Eunício Oliveira (MDB) é um aliado primordial do ex-presidente Lula, em relação aos diretórios regionais emedebistas nordestinos, como também um bom interlocutor junto aos ex-aliados do Partido dos Trabalhadores. Eunício Oliveira poderá construir um palanque competitivo pró-Lula-Haddad, no pleito eleitoral de 2022, em solo cearense.

 

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores de São Paulo fez uma aliança informal com o governador João Doria (PSDB), num movimento de construção de uma frente ampla partidária anti-Bolsonaro, a partir da união da bancada petista e da bancada tucana, na nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo. O ex-presidente Lula orientou a bancada petista na Câmara (Congresso Baixo), a abrir mão das indicações da liderança da oposição e da liderança da minoria, em favor do deputado federal, Alessandro Molon (PSB), e do deputado federal, Marcelo Freixo (PSDB), no biênio 2021-2022. O Partido dos Trabalhadores tem interesse na construção da nova Frente Brasil Popular: PT, PSB, PC do B, PCO, PSOL e alguns diretórios emedebistas. 

 


O governador Camilo Santana (PT) vai manter a sua aliança com o senador Cid Gomes (PDT), assim como permanece aliado do bloco partidário PDT-PSDB sob a liderança do ex-governador Ciro Gomes, com a anuência do senador Tasso Jereissati, no pleito eleitoral de 2022, no Ceará. Camilo Santana vai manter um pé no palanque presidencial de Lula-Haddad (PT) e o outro pé no palanque presidencial de Ciro Gomes (PDT), vamos ver como isso será recebido ou compreendido pelo eleitorado cearense, no próximo ano. O presidente estadual do MDB, o empresário Eunício Oliveira, vai construir o palanque cearense favorável ao ex-presidente Lula (PT), sem a presença dos Ferreira Gomes. 

 


Os eleitores lulistas cearenses e os eleitores ciristas não vão andar juntos no primeiro turno da sucessão presidencial, em solo cearense. O ex-ministro Eunício Oliveira tem uma missão nos próximos dias de formulação do discurso ideológico do neolulismo cearense como adversário, no campo político-eleitoral do cirismo-tassista. Eunício Oliveira não pode se dar ao luxo de pensar primeiro nas alianças partidárias, pois o seu principal objetivo é se tornar a nova liderança pós-lulista, no pleito eleitoral de 2022, no estado do Ceará. O ex-presidente Lula não pretende perder no primeiro turno, como candidato a presidente do Brasil, em nenhum dos estados, na região do Nordeste.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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