As facções
criminosas que atuam no estado do Ceará, já são responsáveis pelas mudanças no
cenário político-eleitoral nesse ano. O tema Segurança Pública deverá ser o
principal foco dos partidos oposicionistas (PSDB-PROS-SD-PSD e PSL) ao
governador Camilo Santana (PT), nesse período de pré-campanha nas eleições
2018, em terras cearenses. O narcoterrorismo imposto na cidade de Fortaleza, já
mudou a rotina do fortalezense, assim como o seu humor e a sua percepção das
políticas públicas na área de Segurança do Governo Estadual.
A onda de
violência que aconteceu nas últimas horas na capital cearense (Fortaleza),
modificou a rotina do cidadão-eleitor local, que por segurança restringiu seu
direito de ir e vir, fazendo somente os trajetos estritamente necessários do
dia-a-dia. É compreensível o instinto de sobrevivência do indivíduo estendido
aos familiares e aos seus círculos sociais. A sensação de impotência frente aos
desmandos das facções criminosas, somente aumenta a decepção com a classe
política, o eleitor não mais aceitará promessas vagas, criticas com fins eleitoreiros,
o momento requer honestidade, eficiência e compromisso.
O WhatsApp é
o principal meio de propagação de notícias, praticamente em tempo real, dos
atentados aos prédios públicos, como também dos ataques aos transportes coletivos
de Fortaleza. As matanças entres os membros das facções criminosas já são
corriqueiras no cotidiano, sendo amplamente difundidas nas redes sociais e nos veículos de
comunicação tradicional (Rádio, Televisão e Jornal), com isso toda cultura de
violência é compartilhado nos lares cearenses.
Os
principais grupos políticos locais deveriam fazer uma pausa nas suas querelas
eleitorais, para a construção de uma agenda comum, na área de Segurança
Pública. As discussões estéreis entre os políticos não irão consolar ou
abreviar o sofrimento da população cearense.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor
político
Fortaleza, 27 de Março de 2018
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