domingo, 9 de fevereiro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - PMDB e o Planalto

O artigo que foi publicado na quinta - feira, 06 de Fevereiro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:

O vice-presidente Michel Temer procura o equilíbrio interno dentro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, para a manutenção da aliança administrativa- política, com o Planalto. O PMDB não deseja sair menor nessa reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT).
O Planalto não tem interesse em aumentar o espaço administrativo do PMDB na Esplanada dos Ministérios. Os peemedebistas não desejam ser vistos como aliados descartáveis no processo eleitoral de 2014, para que sejam acomodados os novos aliados do Partido dos Trabalhadores: PP, PTB, PROS e PSD.

O PT não cedeu espaço na reforma ministerial para nenhum outro aliado, como já trabalha para fazer as maiores bancadas nas duas casas legislativas (Câmara e Senado), em detrimento dos interesses políticos do PMDB na manutenção da presidência do Congresso.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tem dúvida da diminuição progressiva do PMDB na base aliada da presidente Dilma Rousseff, em caso de reeleição. O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB – RN), já compartilha o mesmo sentimento de abandono da cúpula peemedebista em relação a convivência presente e futura, com o Planalto

O vice- presidente Michel Temer (PMDB – SP) não tem como manter os seus atuais espaços administrativos do PMDB na Esplanada dos Ministérios. O PMDB vai perder e ganhar Ministério, mas não vai sair maior na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT).

O Planalto tem somente uma meta nesse momento, que é o crescimento do tempo de televisão e rádio da presidente Dilma Rousseff (PT), com adesão dos novos aliados em postos chaves na reforma ministerial, em curso nos próximos dias. O bloco partidário dos novos aliados (PP – PTB – PSD – PROS)  irá fornecer um tempo de mídia no programa eleitoral bem superior ao tempo do PMDB.

A cúpula nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro já começa a fazer o cálculo das perdas políticas, com a saída de alguns Ministérios: Turismo e Agricultura. O Partido dos Trabalhadores não vai manter as alianças eleitorais com os peemedebistas nos estados do Rio de Janeiro e do Maranhão.

O PMDB não tem vocação para participar de um palanque nacional de oposição, como fez o Partido Socialista Brasileiro. O Planalto compreende essa vocação governista nata do PMDB, por isso confia que pode realizar essa diminuição do seu espaço na máquina administrativa na reforma da Esplanada dos Ministérios. 

O vice- presidente Michel Temer (PMDB – SP) vai apaziguar os ânimos dos companheiros peemedebistas órfãos dos recursos públicos em época de campanha eleitoral, com base na argumentação de que serão  menores as perdas nesse período de transição de aliado para futuro adversário, em caso de segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).


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