O artigo que foi publicado na quinta - feira, 13 de Fevereiro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-rousseff-e-copa-2014
A presidente Dilma Rousseff
(PT) começa a ficar muito preocupada com os atrasos das obras para o Mundial de
Futebol que será realizado no Brasil,este ano no mês de junho. A maioria da
população brasileira não tem o sentimento de anti-copa ou anticopismo, mas há
uma pergunta na sociedade brasileira: Copa para quem?
O Planalto já gastou algo em
torno de R$ 29 bilhões para realização da Copa em solo brasileiro, já o setor
privado vai contribuir apenas com um valor de R$ 4 bilhões do montante fina que totaliza 33
milhões. A promessa de melhoria na área de transportes era imensa, porém,
ocorreram apenas investimentos públicos em torno de R$ 12 bilhões, que não irão
trazer as reestruturações prometidas nas vias urbanas das doze cidades sedes e
dos seus aeroportos e portos, no período do mundial.
Os novos estádios ou arenas
futebolísticas vão custar R$ 8 bilhões, em valores atuais, aos cofres públicos do Governo Federal, tendo
ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em
vários empréstimos aos estados e também dos consórcios de empresas privadas. O
sentimento do cidadão – contribuinte não é de sabotar o evento da Copa, mas uma
certa irritação, com o descaso na entrega do prometido pacote de melhorias na
área de mobilidade urbana.
A presidente Dilma Rousseff
(PT) teria as suas melhores chances de reeleição no primeiro turno do pleito
eleitoral de 2014, caso não fosse ano de Copa no Brasil. A população brasileira
ficou satisfeita com a propaganda positiva feita pelo ex – presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), no período da escolha do nosso País como sede do
Mundial Futebolístico, mas o sentimento nesse momento é de insatisfação, com as
promessas não cumpridas, com os gastos
de recursos públicos.
O Planalto precisa refazer
as suas relações comerciais, com os meios de comunicação tradicional
(Televisão, Jornal, Rádio), em relação ao discurso dos benefícios das obras
estruturais da Copa, para os grandes centros urbanos que serão sedes dos jogos.
O novo enfoque seria admitir os atrasos no cronograma das obras públicas, mas
os benefícios virão após o encerramento do Mundial no Brasil. O
discurso do almejado padrão FIFA também para educação e saúde será usado com
certeza pelos futuros presidenciáveis do campo político – partidário das
oposições, com ressonância na opinião pública brasileira.
Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |
Os protestos nas principais
cidades brasileiras podem trazer um sentimento anti – governo no ano de
eleições para Presidente da República. A candidata petista à reeleição, a
presidente Dilma Rousseff (PT), não pode deixar de usar o espaço midiático do
período do mundial, para fazer as suas ressalvas, em relação aos benefícios na
área social, com criação de empregos na área de turismo, afinal o Brasil estará
na vitrine global por um mês. Os meios de comunicação tradicional são os
melhores aliados do Planalto nos próximos meses.
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