sábado, 15 de fevereiro de 2014

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff e a Copa 2014


O artigo que foi publicado na quinta - feira, 13 de Fevereiro de 2014, no Caderno Opinião do Jornal O Estado:
http://www.oestadoce.com.br/noticia/dilma-rousseff-e-copa-2014

A presidente Dilma Rousseff (PT) começa a ficar muito preocupada com os atrasos das obras para o Mundial de Futebol que será realizado no Brasil,este ano no mês de junho. A maioria da população brasileira não tem o sentimento de anti-copa ou anticopismo, mas há uma pergunta na sociedade brasileira: Copa para quem?

O Planalto já gastou algo em torno de R$ 29 bilhões para realização da Copa em solo brasileiro, já o setor privado vai contribuir apenas com um valor de  R$ 4 bilhões do montante fina que totaliza 33 milhões. A promessa de melhoria na área de transportes era imensa, porém, ocorreram apenas investimentos públicos em torno de R$ 12 bilhões, que não irão trazer as reestruturações prometidas nas vias urbanas das doze cidades sedes e dos seus aeroportos e portos, no período do mundial.


Os novos estádios ou arenas futebolísticas vão custar R$ 8 bilhões, em valores atuais,  aos cofres públicos do Governo Federal, tendo ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em vários empréstimos aos estados e também dos consórcios de empresas privadas. O sentimento do cidadão – contribuinte não é de sabotar o evento da Copa, mas uma certa irritação, com o descaso na entrega do prometido pacote de melhorias na área de mobilidade urbana.

A presidente Dilma Rousseff (PT) teria as suas melhores chances de reeleição no primeiro turno do pleito eleitoral de 2014, caso não fosse ano de Copa no Brasil. A população brasileira ficou satisfeita com a propaganda positiva feita pelo ex – presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no período da escolha do nosso País como sede do Mundial Futebolístico, mas o sentimento nesse momento é de insatisfação, com as promessas não cumpridas, com os gastos  de  recursos públicos.


Sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O Planalto precisa refazer as suas relações comerciais, com os meios de comunicação tradicional (Televisão, Jornal, Rádio), em relação ao discurso dos benefícios das obras estruturais da Copa, para os grandes centros urbanos que serão sedes dos jogos. O novo enfoque seria admitir os atrasos no cronograma das obras públicas, mas os benefícios virão após o encerramento do Mundial no Brasil. O discurso do almejado padrão FIFA também para educação e saúde será usado com certeza pelos futuros presidenciáveis do campo político – partidário das oposições, com ressonância na opinião pública brasileira.


Os protestos nas principais cidades brasileiras podem trazer um sentimento anti – governo no ano de eleições para Presidente da República. A candidata petista à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT), não pode deixar de usar o espaço midiático do período do mundial, para fazer as suas ressalvas, em relação aos benefícios na área social, com criação de empregos na área de turismo, afinal o Brasil estará na vitrine global por um mês. Os meios de comunicação tradicional são os melhores aliados do Planalto nos próximos meses.



Nenhum comentário:

Postar um comentário