sábado, 4 de maio de 2013

Artur Bruno e o Petismo 3.0


O artigo que foi publicado no Caderno Opinião do Jornal O Estado e no Blog do Luis Nassif:




O Partido dos Trabalhadores passou por uma enorme metamorfose político – administrativa depois de chegar ao Planalto. Nos últimos dez anos o Governo federal (Lula – Dilma) tem feito uma série de ações administrativas na área econômica, que são favoráveis ao surgimento das novas classes médias: as políticas de transferência de renda e de crédito popular. O petismo foi responsável por criar o novo mercado consumidor do produto de alta qualidade, para todos os segmentos da sociedade brasileira.

A presidente Dilma Rousseff (PT) consolidou o modelo administrativo – político que é denominado de “fordismo tardio” no Brasil, um sistema de gestão altamente centralizado e orientado pelo Governo federal (60% do orçamento público está, hoje, concentrado na União), que transformou os municípios em gestores de convênios federais, onde os prefeitos são meros operadores das políticas públicas do Planalto. O seu impacto é maior na Região do Nordeste.  O BNDES, as políticas de transferência de renda e o aumento real do salário mínimo, aliados às políticas de fomento ao consumo doméstico, geraram um “pacto desenvolvimentista” que atualizou a conciliação de interesses, montado pelo  ex - presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

O Partido dos Trabalhadores tinha base social nos grandes centros urbanos, com pouca penetração eleitoral nas camadas sociais de baixa renda (01 salário mínimo até 03 salários mínimos), na época que era um partido de oposição (1979 – 2002) ao Governo federal. A chegada do maior partido de esquerda brasileiro ao Planalto, no ano de 2003, foi responsável pelo deslocamento do mesmo para um novo tipo de eleitor, com tendência a votar em função dos ganhos econômicos, o mesmo não está muito interessado nas discussões ideológicas, com matriz moralista. A nova classe média brasileira mantém certa fidelidade política – eleitoral ao Planalto, nos últimos dois pleitos presidenciais (2006 – 2010), com votações enormes nos parlamentares petistas (senadores, deputados federais, deputados estaduais).

O deputado federal Artur Bruno (PT – CE) tem uma trajetória de mais de vinte cinco anos de mandatos nos legislativos (Municipal, Estadual, Federal), com nenhuma interrupção, na construção da sua imagem de homem público. O seu primeiro mandato no Congresso, que será o único, com o seu retorno para Assembleia Legislativa do Ceará, no pleito eleitoral de 2014. A base social do eleitorado do professor Artur Bruno é formada pelas classes médias tradicionais e os sindicatos dos trabalhadores, com apoio das novas classes médias cearenses, numa simbiose do antigo e do novo eleitor – cidadão do PT – Lula – Dilma.


O Partido dos Trabalhadores procura refazer os seus palanques nos principais estados da federação brasileira, para os pleitos eleitorais de 2014, visando atrair os antigos segmentos sociais ( classe média tradicional – funcionários públicos) dos grandes centros urbanos, para votarem na reeleição da presidente Dilma Rousseff. No palanque do Ceará não será nenhuma surpresa á indicação do Planalto do nome do deputado federal Artur Bruno (PT – CE), para ocupar a vaga de vice – governador na chapa majoritária estadual do PMDB – PT, com apoio do governador Cid Gomes (PSB) e do seu grupo, num grande pacto político – administrativo do bloco cearense Dilma Rousseff – Ciro Gomes, no pleito eleitoral de 2014. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário