quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Larissa Gaspar e a Classe Média Progressista

 




A passagem da semana de comemoração do natalício da deputada estadual, Larissa Gaspar (PT), trouxe-me uma série de reflexões. Larissa Gaspar é sem dúvida produto da nova esquerda cearense bem cristalizada na nova classe média oriunda dos dois primeiros mandatos presidenciais petistas, na figura do Lula, na década de 2000. As temáticas de luta classe foram substituídas pelo pensamento da emancipação social.

Os setores progressistas da nova classe média lulopetista tem nível superior e renda acima de cinco salários-mínimos, porém, é do sexo feminino, portanto, um novo movimento político feminista multicultural, com enorme espaço para o campo ideológico do ecossocialismo. A militância é predominantemente composta por mulheres, sendo quase uma antítese dos setores alta classe média de direita.

A atuação da vereadora petista (2017-2021), Larissa Gaspar, sem dúvida foi a grande responsável por recolocar uma liderança lulopetista, com trânsito livre na classe média fortalezense, pois a maioria das lideranças petistas locais têm as suas bases nas classes populares e nas pastorais da Igreja Católica, como também de Igrejas Evangélicas Progressistas. Larissa Gaspar dialogou com a classe média progressista que não tem as suas demandas atendidas na prefeitura de Fortaleza, nos temas sociais: orientação sexual, violência contra mulher e outros.

No seu primeiro mandato como vereadora petista de Fortaleza, Larissa Gaspar, já começou a questionar o excesso de taxas sobre o contribuinte de renda mediana do setor produtivo da capital cearense, no segundo mandato do prefeito pedetista, Roberto Cláudio, no período entre 2017 até 2020. Larissa Gaspar no primeiro mandato do atual prefeito de Fortaleza, o médico José Sarto (PDT), ainda mantém a sua posição de ser contra o aumento da taxa de lixo, nas comissões da Câmara Municipal de Fortaleza, como também na tribuna da Casa do Povo (Câmara Municipal de Fortaleza).

Larissa Gaspar conquistou alguns setores progressistas da classe média fortalezense de visão econômica liberal social e ainda trouxe uma juventude (16 anos até 35 anos) de nível superior, com predominância do sexo feminino, para um mandato oriundo do Partido dos Trabalhadores. O mandato de deputada estadual, Larissa Gaspar, fez o processo coerente parlamentar de continuar na oposição ao grupo político hegemônico da prefeitura de Fortaleza: Ciro Gomes (PDT), Roberto Cláudio (PDT) e José Sarto (PDT). Ela é a encarnação do anti-José Sarto no diretório municipal fortalezense do Partido dos Trabalhadores (PT).

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor-gerente da Consultoria LCFB


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