O atual vice-presidente da República, o médico
Geraldo Alckmin, sem dúvida foi uma peça fundamental na construção da frente
ampla que elegeu o presidente Lula (PT), para o seu terceiro mandato
presidencial (2023-2026). Geraldo Alckmin saiu do PSDB e fez a sua filiação ao
diretório nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), pois deixou o
espectro ideológico da centro-direita em direção ao espectro ideológico da
centro-esquerda ou centrismo liberal. A mutação política-ideológica foi muito rápida,
tornando Geraldo Alckmin um caso inédito na política nacional
O grupo político do ex-governador paulista,
Geraldo Alckmin, em conjunto com o grupo político do atual ministro da Justiça,
o ex-governador maranhense Flávio Dino, são as principais alas neosocialistas
no diretório nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). A ala histórica
do PSB já havia, há muito tempo, aderido ao campo ideológico pró-mercado ou
liberalismo social, porém, com um posicionamento ideológico de combate à
direita radical durante o mandato presidencial do Jair Bolsonaro, no período
entre 2019 até 2022.
As correntes socialistas simpatizantes ao
lulopetismo durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), já sairiam
no segundo semestre de 2013, como por exemplo o grupo do ex-ministro Ciro
Gomes, no Ceará. O recente grupo de neolulista que aderiu ao PSB nacional é do
Maranhão sob a liderança do Flávio Dino, mas não é pró-petista.
O presidente Lula (PT) usou o diretório
nacional do Partido Socialista Brasileiro como veículo político-institucional,
para receber o ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, como o candidato
vitorioso ao cargo de vice-presidente, na coligação partidária entre o PT e o
PSB, no pleito eleitoral de 2022. Lula compreendeu que a bancada de parlamentares
do PSB no Congresso ficou muito apequenada após as eleições de 2022, por isso
fortaleceu a dupla de neosocialistas em detrimento aos socialistas históricos.
Geraldo Alckmin tornou-se ministro da Indústria e Comércio e ainda fez o
ex-governador paulista, Márcio França, o ministro de Portos e Aeroportos, já a
indicação do neosocialista maranhense Flávio Dino; é da cota pessoal do
presidente Lula (PT).
A saída dada como certa do ministro Márcio
França do Ministério de Portos e Aeroportos é um duro golpe
político-administrativo ao grupo do vice-presidente, Geraldo Alckmin, como
também reacende a vocação antipetista da ala histórica do Partido Socialista
Brasileiro. Geraldo Alckmin manterá uma postura discreta, contudo, o seu grupo
oriundo da política paulista, com certeza vai refazer o diálogo com a
centro-direita e a direita, nos pleitos eleitorais nos municípios paulistas, no
próximo ano. A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro deve construir
uma federação partidária, com os seguintes partidos, para as eleições estaduais
de 2026: Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Solidariedade.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é
diretor-gerente da Consultoria LCFB
Excelente artigo. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado meu amigo por seu feedback
Excluir