domingo, 18 de dezembro de 2022

Lula e a reconstrução do Partido dos Trabalhadores

 



 

A Consultoria LCFB acreditava numa nova etapa do lulopetismo, como corrente política - administrativa, com capacidade de reconstrução de uma Frente Ampla no Congresso e na Sociedade. O presidente eleito, Lula, porém escolheu construir uma frente única, tendo o Partido dos Trabalhadores como o carro chefe; e não mais o lulismo e os seus aliados de centro-direita.

 

O Partido dos Trabalhadores será o centro político - administrativo do terceiro mandato presidencial do ex-metalúrgico Lula, nos próximos anos. Lula vai fazer um acordo pontual com o presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP), mas, não tem interesse de criar um polo centrista parlamentar (Cidadania, PSB, MDB, PSD, PDT e outros) , mas sim em  fortalecer a sua federação partidária (PT, PC do B e PV) e os seus satélites partidários: Solidariedade e Avante.

 

A indicação do ex-ministro Fernando Haddad como ministro da Fazenda, assim como do ex-ministro Aloizio Mercadante, para a presidência do BNDES, e a provável indicação do ex-governador cearense, Camilo Santana, como o futuro ministro da Educação, sem dúvida é uma sinalização do ex-presidente Lula ao Centrão e ao Mercado Financeiro de que a sua principal prioridade é o fortalecimento da sua agremiação partidária (Partido dos Trabalhadores), em detrimento de um grande pacto social (Lulismo). 

                   

O fracasso político-administrativo que representou a escolha da ex-presidente Dilma Rousseff, que na época foi uma escolha de alguém não petista serviu de lição. Dessa vez Lula vai cuidar de cada etapa e tem somente os próximos quatro anos, para reconstruir o Partido dos Trabalhadores, como uma organização partidária com a cara do Governo Federal, numa aliança pontual, com alguns aliados pontuais, no processo político - administrativo. 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é diretor - executivo da Consultoria LCFB 

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