sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Heitor Férrer e a sua encruzilhada Política (Eleitoral) - Sucessão Municipal de Fortaleza

 



A campanha eleitoral do prefeiturável Heitor Férrer (SD-MDB), mantém uma certa estabilização nas pesquisas estimuladas, sem quase nenhuma perspectiva de crescimento ou queda acentuada. A sua pontuação fica entre 5% (Piso) e 8% (Teto) na preferência da opinião pública. Heitor Férrer precisa reestruturar a sua campanha nos próximos dez dias, pois há o perigo do voto útil do eleitorado heirtozista-eunicista que votaria no prefeiturável Capitão Wagner. 

 

A terceira via da sucessão municipal de Fortaleza, já está totalmente pulverizada em três candidaturas a prefeito de Fortaleza: Heitor Férrer (SD), Renato Roseno (PSOL) e Célio Studart (PV). A chance é muito remota de que algum desses prefeituráveis possa ir para o provável segundo turno. A segunda via do pleito eleitoral da capital cearense, já tem uma disputa entre a prefeiturável Luizianne Lins (PT) versus o prefeiturável, José Sarto (PDT), pois ambos são postulantes da base aliada do governador, Camilo Santana (PT), nesse momento no primeiro turno.

 


A candidatura do deputado estadual, Heitor Férrer (SD), com o apoio do ex-senador, Eunício Oliveira (MDB), era opção óbvia da terceira via, em contraponto ao condomínio político-administrativo do senador Cid Gomes (PDT) e do governador Camilo Santana (PT), assim como era outra alternativa eleitoral ao prefeiturável Capitão Wagner, no eleitorado anti-continuísmo da atual gestão da prefeitura de Fortaleza. Heitor Férrer ainda passa a imagem de liderança sem grupo político, para auxiliar o mesmo na maior cidade do nosso estado. A tese do candidato independente não tem apelo perante o eleitorado fortalezense. 

 

Os setores mais organizados da sociedade civil fortalezense, assim como vários grupos de interesses na área comercial, já demonstraram o interesse de um prefeiturável com uma capacidade ímpar de ter ou manter uma parceria direta, com o Governo Federal. O prefeiturável Heitor Férrer é do Solidariedade que faz parte da base aliada do Congresso, assim como o MDB nacional que mantém ótimo relacionamento, com articulação política-administrativa do Planalto. O deputado federal, Genecias Noronha (SD), e o ex-senador, Eunício Oliveira (MDB) deveriam participar dos programas de rádio e televisão do candidato a prefeito de Fortaleza da coligação Solidariedade e MDB. Heitor Férrer deveria gravar um vídeo com o líder do Governo Federal, o senador emedebista Fernando Bezerra (PE), como também um segundo vídeo, com o presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP).

 


O tempo é muito ínfimo para a construção de uma terceira via competitiva, para ir ao provável segundo turno contra o prefeiturável Capitão Wagner (PROS), que é a primeira via da sucessão municipal de Fortaleza. O prefeiturável Heitor Férrer deveria colocar a sua coligação partidária (Solidariedade - MDB) como um grande trunfo político-administrativo, na sua eventual administração municipal, nos próximos quatro anos. Heitor Férrer precisa abandonar o roteiro do lobo solitário ou general do exército de um homem só. O tempo é um bem precioso que a coligação partidária heitorzista-eunicista não possui de jeito nenhum.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 

 

Fortaleza, 23 de Outubro de 2020





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