sábado, 10 de outubro de 2020

Governança Digital e Samuel Braga (Roberlene Rodrigues) - Sucessão Municipal de Fortaleza

 



O brasileiro comum literalmente mudou a sua rotina diária no âmbito privado e principalmente no âmbito público. As redes sociais deixaram de ser uma área de lazer e entretenimento, para ser tornarem uma plataforma de sobrevivência econômica. O Governo Federal foi obrigado a criar uma enorme rede de cidadania digital, em função do auxílio emergencial, com a participação espetacular da Caixa Econômica e das Lotéricas. Os trabalhos remotos de milhões de profissionais liberais e funcionários públicos, com certeza vai permanecer independente do fim da pandemia de Covid-19, pois é eficiente, como também reduz imensamente os custos fixos nas empresas e nas repartições públicas.

 

O fechamento de vários postos de trabalhos na economia formal, assim como a diminuição da circulação de recursos financeiros na economia informal, o cidadão sem perspectiva de ir para a rua, só teve uma alternativa de sobrevivência econômica, as suas redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp e outros. O empreendedorismo 2.0 ou espaço público digital (Internet), funcionou como a  vitrine ou calçada de vendas dos seus produtos, sem muita burocracia, nem estatal e nem privada. Nas páginas de Facebook de cidades e bairros das grandes cidades, já é muito comum a oferta de produtos, alimentos e trabalho manual. O Instagram já é um espaço mais usado pela classe média tradicional, para o oferecimento de serviços on-line e produtos de médio e alto padrão. Os grupos de WhatsApp são literalmente a reprodução de uma feira livre, com funcionamento de vinte e quatro horas. 

 


O Governo Federal construiu a maior rede de transferência de renda, para o cidadão abaixo da linha da pobreza, como aqueles com a renda formal e informal entre zero até dois salários mínimos. O manuseio de uma corta digital via a Caixa Econômica, sem dúvida demonstrou ser muito eficiente, como também marcou o início, em grande escala da cidadania digital, com isso a diminuição do papel da burocracia. A tendência é a manutenção e ampliação dessa renda mínima por parte do Governo Federal, porém, com parcelas bem menores ou reduzidas, no próximo ano. 

 

A maioria das empresas privadas vão manter o trabalho a distância de parte dos seus funcionários de serviços internos. As reuniões via aplicativo são responsáveis pela eliminação das reuniões presenciais, como também pelo enxugamento de orçamentos. O Governo Federal deverá entregar vários prédios públicos alugados, como também irá vender outros imóveis da União, em função do trabalho on-line ou remoto que já demonstrou ser muito eficiente e econômico aos cofres públicos. 

 


Os municípios brasileiros terão uma queda de arrecadação nos próximos meses e nos próximos anos. Existe a necessidade de enxugamento dos quadros técnicos, nas repartições públicas. Os funcionários terceirizados literalmente vão desaparecer, ou existirão apenas na área de limpeza e manutenção. O cargo de confiança será literalmente direcionado a área deficitária de quadro técnico. O prefeito eleito ou reeleito vai entregar os prédios alugados, pois será uma tendência do trabalho a distância de alguns funcionários públicos (concursados); é principalmente uma adaptação orçamentária. O cidadão comum literalmente vai resolver as suas demandas através dos aplicativos de serviços do seu município. Será um serviço similar ao já empregado pelas operadoras telefônicas e os bancos privados. 

 

O prefeiturável do Patriota, o ex-vereador Samuel Braga, e a sua companheira de chapa majoritária, a advogada Roberlene Rodrigues, não terão muito tempo de televisão e rádio, porém, vão usar as suas redes sociais, para a explicação da necessidade da redução de gastos públicos e a ampliação dos serviços públicos on-line. A população já compreende a necessidade de realinhamento da sua vida privada,  diante de  uma nova rotina de atuação  via redes sociais e serviços digitais inclusive financeiro, contudo, há uma expectativa de uma redução da burocratização dos serviços públicos do município de Fortaleza, como a contrapartida do deslocamento físico desnecessário, assim como uma resposta rápida dos serviços ao contribuinte fortalezense. O espaço público digital e a governança digital já são pautas necessárias no debate da sucessão municipal de Fortaleza.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 

 

Fortaleza, 10 de Outubro de 2020




 

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