terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Camilo Santana e as duas almas inconciliáveis: Cirismo e o Lulismo-Petista



O governador Camilo Santana (PT) procura construir a união dos pedetistas e petistas na chapa majoritária presidencial: Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). Camilo Santana compreende a necessidade da união antecipada das forças democráticas, para que ocorra a diminuição das zonas de atritos nas disputas regionais, como no caso do pleito eleitoral de 2018, no Estado do Ceará.


O futuro presidenciável pedetista, o ex-ministro Ciro Gomes, apenas contaria com a sua agremiação partidária nas eleições de 2018. Ciro Gomes precisa construir o petismo-cirista dentro do Partido dos Trabalhadores, que somente seria possível através do diretório estadual do Ceará e num segundo momento com ajuda dos petistas gaúchos (Olívio Dutra e Tarso Genro), que são favoráveis à renovação do PT e do campo democrático das esquerdas: PT, PDT, PC do B, PSOL e REDE.


O governador Camilo Santana (PT) quando era jovem militante do Partido Socialista Brasileiro no ano de 1999, já foi testemunha da construção da coligação partidária das esquerdas, para prefeito de Fortaleza, no pleito eleitoral de 2000, que com quase 1 ano de antecendência, já foi montada com os seguintes candidatos: Inácio Arruda (Prefeito) e Arthur Bruno (Vice-Prefeito). A mesma quase derrotou a reeleição do prefeito Juracy Magalhães (PMDB). Camilo Santana não é totalmente cirista é muito menos totalmente petista, mas procura ser a primeira liderança petista-cirista do Brasil. O fracasso dessa empreitada pode significar a sua ida para o PSDB, PSB ou PPS.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre disputou a liderança do campo democrático, com o falecido ex-governador Leonel Brizola (PDT), nas décadas de 1980 e 1990. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) procura ser o pós-lulismo da política brasileira, com os votos dos eleitores lulistas que não são petistas, mas há necessidade de atrair os seguidores tradicionais do ex-presidente Lula. O trabalhismo e o lulismo têm o histórico de lutas políticas entre os mesmos, com poucas tréguas ou alianças pontuais. O governador Camilo Santana (PT) não teve apoio dos petistas e dos pedetistas cearenses, na sua tese de união das esquerdas, para o pleito eleitoral nacional de 2018, mas contou com o silêncio solidário dos tucanos cearenses ou tassistas.


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político

Fortaleza, 14 de Fevereiro de 2017



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