O vice-presidente Michel Temer (PMDB) demonstra uma
capacidade impar de reorganizar a base governista, que já foi fernandista e
lulista, e agora poderá ser pró-Temer-PMDB. Michel Temer dialoga com todas as
forças partidárias governistas de centro-direita (PSD-PRB-PR-PTB e outros) e
com as forças partidárias oposicionistas (PSDB-DEM-SD-PSB-PSC-PPS), no maior conglomerado
de partidos, na história política brasileira do início do Século XXI.
O PMDB reorganiza o novo centro político no parlamento
brasileiro que é dominado pela agenda das demandas sociais da bancada da Bala,
Bola e Bíblia sob a liderança do presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que foi o grande responsável por reorganizar a nova oposição à
presidente Dilma Rousseff (PT). O PSDB caminha para ser coadjuvante do PMDB nos
próximos dias, em relação a provável saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do
Palácio do Planalto por 180 dias, enquanto, o processo de impedimento fica no
Senado.
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| Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |
A nova fase da modernidade conservadora brasileira terá a
participação dos velhos atores políticos do Congresso Nacional, mas com
participação efetiva dos setores organizados da Indústria e Comércio
(FIESP|CNI) e os setores organizados do Agronegócio (Conselho Nacional da
Agricultura e Pecuária). O setor bancário privado mantém certa distância estratégica
desse novo núcleo político-social-econômico pós- Lula, mas a sua bancada no
Congresso (Câmara/Senado) é favorável á interrupção do segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff (PT).
O novo pacto de governabilidade após o desastre
político-administrativo da matriz econômica da presidente Dilma Rousseff (PT),
que somente produziu inflação, desemprego e recessão, já será substituído por
uma política macroeconômica de reorganização das contas públicas da União,
Estados e Municípios. O futuro presidente Michel Temer (PMDB) tentará
reproduzir o milagre econômico do ex-presidente Itamar Franco (1992-1994).
Luiz
Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
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