sábado, 7 de março de 2015

Dilma Rousseff sem Força Política no Congresso

O mês de março poderá ser caracterizado pela mediação de força política interna da coalização partidária que  garante apoio a presidente Dilma Rousseff (PT), pois os dois principais partidos, o Partido dos Trabalhadores e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro não conseguem manter uma pauta comum, em relação ao pacote de medidas provisórias enviado ao Congresso Nacional, para aprovação do Ajuste Fiscal.  

A presidente Dilma Rousseff (PT) viu a sua articulação política ,centralizada no Ministério da Casa Civil do ministro Aloizio Mercadante, ser esvaziada pelo  seu partido (PT) e o por seu principal aliado partidário (PMDB), por isso a mesma estar sendo forçada a fazer a mediação de interesses comuns, com as agremiações partidárias da base aliada do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o principal articulador político da chefe do executivo do Governo federal na coligação PT e PMDB.

O presidente do Senado, o parlamentar peemedebista Renan Calheiros, faz parte da relação da Procuradoria- Geral da República, enviada na noite de Terça-Feira (03/03) pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), com 28 pedidos de inquérito para investigação de 54 pessoas, com ou sem mandato parlamentar, suspeitas de envolvimento  num esquema milionário na Petrobras.

A presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), para um jantar no Palácio da Alvorada na última segunda- feira (02/03), para definir uma agenda de ações comuns para aprovação das medidas provisórias do Ajuste Fiscal no Congresso Nacional. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), não esteve no evento que marcaria uma nova etapa da relação do PMDB, com o Planalto.

A crise do Lava Jato poderá desarticular politicamente o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) nos próximos dias do mês de março. Dilma Rousseff procura negociar com as cúpulas partidárias dos aliados, para aprovação de mediadas impopulares no Congresso Nacional: a modificação do acesso a benefícios do seguro - desemprego, abono salarial, e as pensões por morte, essas medidas sofrem grande resistência entre os parlamentares e as centrais sindicais.

A força política da presidente Dilma Rousseff (PT) poderá ficar menor em função dos estragos do escândalo da Petrobras, pois os principais envolvidos fazem ou fizeram parte de sua administração pública. Os protestos marcados para o dia 15 de março nos principais centros urbanos do Brasil, sem dúvida serão o termômetro político do descontentamento da sociedade civil organizada, em relação ao Escândalo da Petrobras. 

                                                 Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


Programa Pela Ordem - TV Fortaleza - Quinta - feira, 05 de março de 2015 

Nenhum comentário:

Postar um comentário