terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vitória e traições na eleição da Câmara


O acordo fechado entre PT e PMDB em 2011 para dividir a presidência da Câmara foi confirmado sem atropelos com a eleição de Henrique Eduardo Alves (RN). Em um plenário quase completo — quórum de 497 dos 513 deputados —, o peemedebista recebeu 271 votos contra 165 de Júlio Delgado (PSB-MG), 47 de Rose de Freitas (PMDB-ES) e 11 de Chico Alencar (PSol-RJ). Embora vitorioso em primeiro turno, e com discurso recheado de promessas aos próprios colegas, como o orçamento impositivo e a distribuição de relatorias, Henrique obteve apenas 22 votos a mais que o mínimo necessário para forçar uma segunda rodada de votações contra Delgado.
De acordo com integrantes do próprio partido, a votação de Henrique mostra um grau de traição muito grande. Com um apoio amplo da maioria dos partidos da Casa, a estimativa era de que o presidente eleito se aproximasse dos 350 votos, sobretudo diante do alto quórum de presentes.
Por outro lado, surpreendeu a votação de Júlio Delgado. Os 165 votos do socialista são um avanço entre as candidaturas dissidentes. Há dois anos, Sandro Mabel (PMDB-GO, na época no PR) recebeu 106 votos na disputa contra o petista Marco Maia (RS), que venceu a eleição. Integrantes do QG de Henrique não descartam que petistas, insatisfeitos com a hegemonia do PMDB nas duas Casas, tenham votado em Júlio Delgado.

Fonte: Correio Braziliense


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