O
acordo fechado entre PT e PMDB em 2011 para dividir a presidência da
Câmara foi confirmado sem atropelos com a eleição de Henrique
Eduardo Alves (RN). Em um plenário quase completo — quórum de 497
dos 513 deputados —, o peemedebista recebeu 271 votos contra 165 de
Júlio Delgado (PSB-MG), 47 de Rose de Freitas (PMDB-ES) e 11 de
Chico Alencar (PSol-RJ). Embora vitorioso em primeiro turno, e com
discurso recheado de promessas aos próprios colegas, como o
orçamento impositivo e a distribuição de relatorias, Henrique
obteve apenas 22 votos a mais que o mínimo necessário para forçar
uma segunda rodada de votações contra Delgado.
De
acordo com integrantes do próprio partido, a votação de Henrique
mostra um grau de traição muito grande. Com um apoio amplo da
maioria dos partidos da Casa, a estimativa era de que o presidente
eleito se aproximasse dos 350 votos, sobretudo diante do alto quórum
de presentes.
Por
outro lado, surpreendeu a votação de Júlio Delgado. Os 165 votos
do socialista são um avanço entre as candidaturas dissidentes. Há
dois anos, Sandro Mabel (PMDB-GO, na época no PR) recebeu 106 votos
na disputa contra o petista Marco Maia (RS), que venceu a eleição.
Integrantes do QG de Henrique não descartam que petistas,
insatisfeitos com a hegemonia do PMDB nas duas Casas, tenham votado
em Júlio Delgado.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: Correio Braziliense
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