domingo, 22 de julho de 2012

Por que Moroni Torgan? A consolidação como candidato da oposição.


Por que Moroni Torgan? A consolidação como candidato da oposição.

Moroni Torgan não caiu na pesquisa Datafolha – O Povo, pelo contrário, teve um crescimento de 5% em relação a pesquisa Datafolha – PSB: 22%. Os 27 (vinte e sete) pontos percentuais nessa última pesquisa, apenas reforça a ideia de que já não é simplesmente o recall.

Na campanha eleitoral de 2004 o candidato derrotado do PFL, deixou de ser prefeito de Fortaleza, por uma série de erros estratégicos, mas saiu com o discurso político – eleitoral anti – Luzianne Lins. No pleito seguinte, para Prefeitura de Fortaleza, foi o principal candidato de oposição na avaliação da opinião pública fortalezense. Saiu derrotado de novo, dessa vez havia sedimentado o seu discurso ideológico contra a atual prefeita, que foi reeleita naquele pleito eleitoral.

O candidato demista representa o voto de oposição, que era antes um candidato invisível no debate público. Moroni Torgan talvez não se desidrate no horário político eleitoral da televisão e rádio. As suas chances de ir para o segundo turno são extraordinárias em relação aos outros candidatos das oposições.

O voto de oposição concentrado no discurso do Moroni Torgan

A ausência do ex–senador Tasso Jereissati nas articulações da chapa majoritária tucana, talvez tenha ajudado na romaria dos votos tassistas para Moroni Torgan. Marcos Cals não representou até agora o neo – tucano como candidato de oposição aos executivos públicos ( Federal, Estadual, Municipal) para opinião pública fortalezense.

A candidatura do Heitor Férrer ainda não encontrou um discurso coerente como opositor da atual administração municipal, o seu forte talvez seja como crítico parlamentar do Governo estadual, qualquer tentativa de reproduzir um discurso de última hora contra a administração municipal de Fortaleza, talvez como marketing eleitoral, esta postura de candidato anti-Luizianne , não traga resultados positivos para sua campanha.

A dissolução do consórcio governista cidista – petista em várias candidaturas

O bloco partidário (PMDB – PSB – PT – PC do B) fora vitoriosos nas ultimas eleições majoritárias (2006 – 2008 – 2010). Na eleição de 2008, o marketing eleitoral do realinhamento das máquinas administrativas públicas (Federal, Estadual, Municipal), seria responsável por uma nova Era política – administrativa para Prefeitura de Fortaleza. As oposições não destruíram essa mensagem durante o período eleitoral de 2008, como também durante o segundo mandato da prefeita Luzianne Lins.

A implosão da aliança do PT com o PSB, foi a grande responsável pelos baixos índices dos votos dos seus candidatos.

O médico Roberto Cláudio sofre com a dificuldade de montar um discurso como opositor a atual gestão municipal, pois o rompimento foi recente perante a opinião pública. PSB faz campanha de volume ao olhar do eleitor – cidadão, sem conseguir anular a antiga idéia dos valores positivos da aliança PT – PSB. Moroni Torgan avança para dominar o discurso de candidato oposicionista, sem espaço para o socialista.

O advogado Elmano de Freitas ainda não construiu a sua imagem política, como candidato do Partido dos Trabalhadores. O mesmo sofre uma enorme dificuldade para ser aceito como candidato do continuísmo, sem consenso dentro das fileiras do seu próprio partido. O candidato dos Democratas deve centralizar as suas críticas negativas no candidato petista, será uma polarização natural para o eleitor fortalezense.

O senador Inácio Arruda tem 14% dos votos na pesquisa Datafolha – O Povo, o candidato do bloco PT – PMDB só tem 5%, como também o representante do PT – PR só alcançou o patamar eleitoral de 3%. Os três candidatos do antigo consórcio governista cidista – petista tem aproximadamente juntos 22% dos votos. Algo próximo á rejeição de 27% do eleitorado fortalezense ao candidato dos Democratas.

O governador Cid Gomes e a prefeita Luzianne Lins até agora não saíram vitoriosos nessa guerra pelo controle do bloco governista cearense de apoio ao Planalto. A subida da candidatura do Moroni Torgan, por si só, esvazia o candidato tucano, onde o demista poderia ultrapassar o patamar eleitoral de 30% nas próximas pesquisas eleitorais, o que seria possível com ajuda do eleitorado tassista, essa ameaça real ao domínio político – administrativo do PT e do PSB na política cearense.  

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