domingo, 15 de janeiro de 2012

Ameaça de encolhimento força PSDB a articular com outros partidos


Diante da ameaça de encolhimento nas eleições municipais deste ano, o PSDB pretende articular com as demais legendas da oposição uma estratégia conjunta para a atuação nos meses anteriores à disputa nas urnas.

O objetivo é dar visibilidade a projetos de políticos oposicionistas, com a construção de uma vitrine para as siglas adversárias ao governo da presidente Dilma Rousseff no plano nacional, e tentar evitar uma sangria de prefeituras para partidos da base governista em outubro.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, quer aproveitar o retorno do recesso parlamentar, em fevereiro, para se reunir com a cúpula do DEM e do PPS. “A ideia é afinar o discurso entre as legendas e definir uma linha estratégica, evitando que os partidos acabem costurando parcerias e adotando posturas que, no final de outubro, acabem por beneficiar os aliados do governo federal”, diz Guerra.

A despeito do gesto de aproximação, as três legendas estão longe de atuar juntas nas disputas municipais deste ano. As ambições tucanas se chocam com as do PPS, por exemplo, que pretende ter candidatos ao menos em 20 das 26 capitais. Já dentro do DEM, o pleito é encarado como questão de sobrevivência. Profundamente desfalcada pela criação do PSD, a legenda também mira nas prefeituras das capitais e de cidades com mais de 200 mil habitantes a sua estratégia para se recompor.

Hoje com 790 prefeituras, o PSDB pretende chegar à marca dos mil prefeitos eleitos em 2012, com o mesmo foco nas capitais dado pelas demais siglas de oposição.

Os tucanos ainda terão, contudo, de resolver conflitos internos antes de se dedicar à costura de alianças com demais partidos, sobretudo em São Paulo (SP), principal frente da disputa municipal para os tucanos, onde não tem ainda um candidato definido.

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