quinta-feira, 4 de julho de 2024

A Copa América continua, e o Brasil segue em frente, ainda que cambaleante

 






A expectativa era alta. A seleção brasileira, com seu histórico que impõe respeito a qualquer rival e com uma torcida esperançosa, adentrou a Copa América como uma das favoritas. No entanto, o que se viu em campo foi uma performance decepcionante, que deixou qualquer apreciador do nosso futebol perplexo e críticos aflitos. É uma ilusão acreditar que a seleção canarinho continua sendo a melhor do mundo apenas pelos títulos conquistados, pensando que as seleções são nossas freguesas

O Brasil estreou na copa com um empate morno contra a fraca Costa Rica. A partida, que deveria ser uma exibição de talento e superioridade, transformou-se em um jogo chué, marcado pela falta de criatividade e erros básicos. A torcida, na expectativa de ver o Brasil dominando, começou a demonstrar sua insatisfação, descrença e desmotivação crescente com o torneio.

O segundo jogo trouxe um alívio temporário. A seleção conseguiu uma vitória contra o Paraguai, por um placar de 4X1. Apesar do resultado, a performance não convenceu, pois a seleção "Los Guaraníes" foi o saco de pancadas, perdendo todos os jogos e voltando para casa como lanterna do grupo D. A sensação desde o primeiro jogo é de que não estamos mais na primeira prateleira do futebol, que ficou para trás. Nosso futebol sucumbiu e não mete mais medo a nenhuma seleção que vá nos enfrentar.

No terceiro e último jogo da fase de grupos, um novo empate em 1X1 contra a Colômbia. Uma vergonha para uma seleção com uma história repleta de títulos, se classificar para a próxima fase com apenas cinco pontos, resultado de uma vitória e dois empates. Foi decepcionante para os padrões de uma seleção que já encantou o mundo com seu futebol-arte.

Os críticos não pouparam palavras, e com razão! A falta de entrosamento, a apatia em campo e as escolhas questionáveis do técnico Dorival Júnior foram alvos de duras críticas. A imprensa esportiva e os estudiosos do assunto destacam a necessidade de uma profunda resignificação sobre o futuro do futebol brasileiro. Nosso futebol está em baixa, perdeu o respeito que tinha no mundo da bola.

Vale ressaltar que o caminho até a fase final será árduo, e a seleção precisará de uma transformação significativa para ter chances de levantar a taça e fazer as pazes com o povo da pátria do futebol. Enquanto isso, a Argentina venceu todos os seus jogos e somou nove pontos. A seleção da La Albiceleste desponta como a grande favorita ao título, deixando o Brasil em sua sombra.

Na próxima fase, o Brasil enfrentará o Uruguai, uma seleção de melhor nível e tradicionalmente difícil de enfrentar. Se conseguir avançar, há uma grande probabilidade de encarar a Argentina na final, e a expectativa é que a seleção brasileira sofra outro vexame internacional diante de uma Argentina bem postada. Desde já, torcemos para que estas duas seleções se enfrentem na final; será um tônico impulsionador da Copa América. Um confronto entre Brasil e Argentina alimenta uma rivalidade histórica no futebol do novo mundo.

A Copa América continua, e o Brasil segue em frente, ainda que cambaleante. A seleção tem uma chance de redenção, mas precisará provar em campo que merece o apoio de sua nação. Os brasileiros esperam ansiosos por uma reviravolta, sonhando em ver novamente o brilho do futebol brasileiro iluminar os estádios da América do Sul. Mas uma coisa é certa: o Brasil não mete mais medo em nenhuma seleção.

*Moacir de Sousa Soares*

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