segunda-feira, 13 de março de 2023

Missão de Sarto é não se tornar um fardo para Roberto Cláudio

 




Qual político ou estrategista eleitoral seria capaz de apontar uma candidatura à reeleição do prefeito Sarto em Fortaleza? Até um estreante marqueteiro ou um apaixonado correligionário não ousaria afirmar que Fortaleza possui uma boa gestão, sequer um prefeito carismático. É justo, no entanto, o reconhecimento que Sarto não é morredor. É do tipo que morre lutando.


É no que aposta a pré-candidatura Roberto Cláudio, que espera chegar até o início do próximo ano sem o fardo das maldades de Sarto contra o cidadão fortalezense, desde a sujeição de grávidas em ônibus lotados - em 25 quilômetros da Messejana à Barra do Ceará, ou em 17 quilômetros da Messejana ao Conjunto José Walter, quando o prefeito decidiu de forma unilateral demolir o Gonzaguinha da Messejana, sem discussão com o Legislativo e Ministério Público e sem a apresentação de um laudo técnico -, até o repasse para a população da conta da taxa do lixo e do transporte público, despesas então da obrigação de qualquer boa e responsável gestão.


Não há dúvida que Roberto Cláudio será responsabilizado pela eleição de Sarto, em 2020, quando o então prefeito carregou nas costas a candidatura do PDT, principalmente quando Sarto se afastou por semanas, após ser diagnosticado com covid. Ao perceber o crescimento da candidatura de Sarto, apesar da sua ausência na campanha, o marketing intensificou o papel do então prefeito, ao lançar o slogan “Roberto Cláudio fez, Sarto vai fazer”.


Enquanto isso, ao se valer do descaso de órgãos fiscalizadores, Sarto justifica a cobrança da taxa do lixo e do aumento exorbitante da tarifa do ônibus na falta de dinheiro nos cofres da Prefeitura. No entanto, o prefeito e médico-ginecologista nada fala sobre o dinheiro que deixou de ser investido no fechamento de unidades de Saúde e na suspensão do atendimento emergencial, quando plantões deixaram de acontecer, medicamentos não foram utilizados, cirurgias não ocorreram, terceirizados foram dispensados, além do não gasto com energia, água e demais serviços.


A precariedade na Saúde de Fortaleza tem sobrecarregado o atendimento nas unidades do Estado, quando o HGF e as UPAs passaram a receber pacientes que não mais encontram os serviços do município.


Mas, essa sobrecarga imposta ao Estado, é apenas mais um procedimento estratégico do agora frágil grupo político de Sarto, pois o principal adversário à sucessão à Prefeitura de Fortaleza sairá dos quadros das novas lideranças no Ceará.


E Sarto segue lutando, morrendo...


Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e diretor-gerente da Consultoria LCFB


O link do artigo: https://mais.opovo.com.br/colunistas/eliomar-de-lima/2023/03/12/artigo-missao-de-sarto-e-nao-se-tornar-um-fardo-para-roberto-claudio.html





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