quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Terceiro Mandato do Roberto Cláudio - Há possibilidade de vitória no primeiro turno - Sucessão Municipal de Fortaleza

 



A reta final do primeiro turno trouxe uma perspectiva de vitória do prefeiturável, José Sarto (PDT), em decorrência da alta popularidade administrativa do prefeito Roberto Cláudio (PDT), através dos programas de televisão e rádio, como também nas redes sociais , ressaltando os pontos positivos da gestão pública do atual chefe do executivo municipal. Roberto Cláudio começa a fazer o mesmo processo de transferência de capital político-eleitoral que o prefeito de Salvador ( ACM Neto) faz para o seu candidato, assim como também o mesmo fenômeno do reconhecimento administrativo do prefeito, Bruno Covas (PSDB), perante o eleitorado do município de São Paulo. 

 

As últimas pesquisas eleitorais, mais especificamente da CNN-Big Data, já trouxeram uma média de crescimento entre 8% até 11% por semana, nos últimos quinze dias, para a candidatura governista cirista-robertista. As pesquisas do Ibope-Diário do Nordeste já demonstraram o surgimento da onda amarela favorável ao terceiro mandato do atual grupo do prefeito, Roberto Cláudio (PDT), ou robertismo sem o Roberto Cláudio, porém, a manutenção do modelo operacional, na próxima gestão administrativa da capital cearense. O prefeiturável José Sarto (PDT) de alguma maneira é apenas uma extensão do prefeito Roberto Cláudio. O surgimento do robertismo sem Roberto Cláudio. 

 


O cidadão-eleitor fortalezense tem feito a sua escolha racional do voto através do processo de exclusão, contudo, não há manifestação no espaço público, mas temos a decisão, no espaço privado. O movimento de manutenção da atual gestão à frente da prefeitura de Fortaleza, sem dúvida não é percebida pelos institutos de pesquisas de opinião pública. O aumento do contingente de eleitores que são desejosos da manutenção do modelo administrativo, ainda é muito presente no indivíduo que tem como a sua segunda opção de voto, a candidatura do José Sarto (PDT), isso  representa a maioria dos simpatizantes do heitorzismo-eunicista, assim como também dos militantes dos direitos dos animais pró-Célio Studart (PV). 

 

A construção simbólica da coligação partidária entre o Solidariedade e o MDB perante a opinião pública fortalezense, sem dúvida somente aconteceu na pré-campanha eleitoral, pois durante a campanha eleitoral, a mesma se tornou um mantra publicitário da parceria de Heitor Férrer e do seu candidato a vice-prefeito, Walter Cavalcante ( MDB), sem nenhuma definição como a provável terceira via da sucessão municipal de Fortaleza. O eleitorado eunicista não encontrou um porto seguro na chapa majoritária do Solidariedade e do MDB, então por si só começaria a seguir a orientação do governador, Camilo Santana (PT), que o maior parceiro político-administrativo do ex-senador Eunício Oliveira (MDB) no âmbito estadual, assim como no âmbito municipal de Fortaleza, em síntese o voto útil no candidato do grupo político do prefeito Roberto Cláudio (PDT). 

 


O movimento dos direitos dos animais sempre foi uma massa política-eleitoral que tem o mandato do deputado federal, Célio Studart (PV), como o seu ancoradouro. O perfil desse eleitorado é de um jovem (16 anos até 34 anos), com a renda média de dois salários até cinco salários mínimos, pois o mesmo tem nível superior. O celismo-ecológico deverá migrar político e eleitoralmente para a candidatura do bloco governista por uma certa rejeição natural aos grupos bolsonaristas que apoiam a coligação oposicionista do PROS-Podemos. É o voto útil da guerra cultural em torno das questões ecológicas a nível nacional. 

 

O prefeiturável Capitão Wagner (PROS) começa a perder parte do seu eleitorado moderado que desejava uma postura mais centrista do principal candidato oposicionista fortalezense. O discurso anti-Roberto Cláudio (PDT) saiu da lógica política-administrativa do continuísmo sem grande ruptura, para uma cruzada de demonização da atual gestão pública de Fortaleza, porém, parte do eleitorado pró-Capitão Wagner tem uma boa avaliação, no campo pessoal do prefeito de Fortaleza. O eleitorado centrista ou moderada que outrora era contra a manutenção do grupo do prefeito Roberto Cláudio (PDT), e poderia votar no Capitão Wagner (PROS), já começa a fazer um movimento político-eleitoral silencioso pró-José Sarto ( PDT). 

 


A ex-prefeita de Fortaleza, a deputada federal Luizianne Lins (PT), não deve manter os seus atuais percentuais nas pesquisas estimuladas dos institutos de pesquisa opinião pública. É uma migração natural contra o pólo wagnerista-bolsonarista, nos próximos dias, como uma ação de finalização do pleito eleitoral ainda no primeiro turno, na capital cearense. A derrota da direita radical americana na eleição presidencial, sem dúvida criou uma consciência política dos eleitores de centro-esquerda, nos grandes centros urbanos brasileiros, nessa reta final de primeiro turno. O movimento de transferência de voto da centro-esquerda anti-Ferreira Gomes pode ser o empurrão final na vitória do prefeiturável, José Sarto (PDT), no próximo domingo dia 15 de novembro de 2020.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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