sábado, 28 de novembro de 2020

Capitão Wagner e o Eleitor Invisível - Danilo Forte e o Anti-Roberto Cláudio

 



O prefeiturável Capitão Wagner (PROS) entra na reta final do segundo turno da sucessão municipal de Fortaleza, com a crença no voto do eleitor não identificado nas pesquisas do Ibope e do DataFolha. O voto invisível pró-Capitão Wagner deverá aparecer somente na abertura das urnas pelo sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no início da noite do último domingo do mês de novembro (29/11). A diferença entre o primeiro colocado e o segundo colocado não deverá ser de dois dígitos ou acima dos 10% dos votos válidos.

 

No segundo turno do pleito eleitoral de 2004, o candidato do Democrata, na época deputado federal, Moroni Torgan, obteve quase 45% do votos válidos. Moroni Torgan não permitiu o apoio do PSDB do senador, Tasso Jereissati, e do MDB do prefeito fortalezense, o médico  Juraci Magalhães, com isso criou um auto isolamento dentro do próprio eleitorado de centrista e de centro-direita da capital cearense; o resultado foi uma derrota nas urnas. No segundo turno do pleito eleitoral de 2016, o prefeiturável Capitão Wagner, já teve uma votação de aproximadamente 47% dos sufrágios eleitorais válidos dos fortalezenses, porém, o candidato oposicionista defendia uma pauta política-eleitoral de abrangência além do espectro ideológico da centro-direita, na capital cearense. 

 


O eleitor fortalezense invisível já mostrou o seu potencial no primeiro turno da sucessão presidencial em Fortaleza, no ano 2018, pois a votação do presidente eleito (Jair Bolsonaro) foi de 35% no primeiro turno, e de 45% dos votos válidos no segundo turno. No primeiro turno da sucessão municipal de Fortaleza de 2020, o prefeiturável Capitão Wagner (PROS), já teve aproximadamente 34% dos votos válidos. Capitão Wagner precisa se voltar para a campanha nas redes sociais, com as mensagens direcionadas aos eleitores conservadores e os eleitores liberais (centrista), sem a necessidade de ataques a atual gestão municipal, mas, na intenção de demonstrar que está preparado para ser o futuro prefeito de Fortaleza.

 

O deputado federal, Danilo Forte, tem noção do fortalecimento a nível nacional do bloco partidário de centro tradicional: PSDB, DEM e MDB. O parlamentar cearense já foi membro do MDB e do DEM; e nesse momento é membro da bancada federal do PSDB. O bloco do Centrão ( PSD-PL e Progressista) deve manter uma aliança estratégica, com o governador Camilo Santana (PT) até o pleito eleitoral estadual de 2022, contudo, o novo campo partidário nacional (PSDB-DEM e MDB) sofrerá uma influência maior das suas executivas nacionais, trazendo uma maior dificuldade de alianças, com o condomínio governista político-administrativo (Cidista-Camilista). O grupo político do deputado federal, Capitão Wagner (PROS), e do senador Eduardo Girão (PODE), com a vitória ou não vitória do segundo turno do pleito eleitoral de Fortaleza, os mesmos vão adentrar em algum partido do bloco centrista nacional: PSDB, DEM ou MDB. 

 


O deputado federal Danilo Forte (PSDB) compreendeu o movimento para a pré-candidatura ao Governo Estadual ,do atual prefeito (Roberto Cláudio), no pleito eleitoral de 2022. O anti-robertismo ainda não existe na política cearense e fortalezense, pois o combate político-eleitoral feito ao prefeito Roberto Cláudio (PDT) ainda é fruto do anti-Ferreira Gomes por parte dos setores oposicionistas cearenses. O robertismo é um estilo administrativo, como outrora foi o juracismo, em Fortaleza, contudo, ainda temos uma crença que o robertismo é um sub-grupo do condomínio político-administrativo do senador Cid Gomes (PDT) e do governador Camilo Santana (PT). O deputado federal Danilo Forte (PSDB) já compreendeu que a sobrevivência do cirismo-cidista somente será viável através do grupo do médico, Roberto Cláudio (PDT), à frente do poder executivo do Estado do Ceará, no período de 2023 até 2026. Um ciclo de vinte anos do mesmo grupo político domina a política cearense.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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