quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Luizianne Lins e o seu Eleitorado Fortalezense - José Sarto e o AntiPetismo - Sucessão Municipal de Fortaleza

 



O resultado final do primeiro turno do pleito eleitoral de Fortaleza, sem dúvida nos mostrou  três realidades bem distintas: o teto eleitoral do prefeiturável, José Sarto (PDT), em torno de 35% dos votos válidos, assim como o prefeiturável, Capitão Wagner (PROS), nunca esteve abaixo dos 30% na preferência política-eleitoral, contradizendo as pesquisas eleitorais; por último  revelou o polo de centro-esquerda fortalezense pró-Luizianne Lins (PT). O segundo turno não será uma batalha do bolsonarismo contra o anti-bolsonarismo, pois essa batalha eleitoral na área da guerra cultural, não faz parte do debate público travado nas redes sociais pelo eleitorado fortalezense. 

 

O prefeiturável pedetista, José Sarto (PDT), não deve sair da linha de defesa midiática da boa avaliação da gestão pública do prefeito, Roberto Cláudio (PDT), perante a opinião pública fortalezense. José Sarto esteve ausente em boa parte do primeiro turno da sucessão municipal, com isso o atual prefeito de Fortaleza teve uma super exposição no horário eleitoral e nas redes sociais, assim como nas caminhadas, em comunidades carentes. O discurso anti-bolsonarista pode ser mal recebido nos beneficiários das rendas mínimas via o Governo Federal, pois muitos eleitores com rendimento econômico abaixo da linha da pobreza votaram na ex-prefeita, Luizianne Lins (PT), em função do saudosismo do alinhamento da prefeitura de Fortaleza com o Planalto, por causa da bolsa família e outras rendas de subsistência econômica.

 


O prefeiturável Capitão Wagner (PROS) precisa abandonar a retórica de desqualificação da atual gestão municipal de Fortaleza, pois a mesma é bem avaliada na opinião pública fortalezense. Capitão Wagner precisa defender os benefícios de ser um futuro prefeito da capital cearense, com trânsito livre no Governo Federal. O senador Eduardo Girão (PODE) e os seus aliados na Câmara (Federal) deveriam ser os seus principais cabos eleitorais, pois os seus ideólogos anti-Roberto Cláudio e anti-Ferreira Gomes assustam os eleitores moderados fortalezenses que são contrários à guerra eleitoral cultura estilo olavista, em detrimento do debate salutar de políticas públicas na área desenvolvimento social e a ampliação das rendas mínimas, no campo econômico. 

 

A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) foi muito penalizada com o anti-petismo na campanha política-eleitoral do primeiro turno, pois foi imposto uma grande rejeição à sua pessoa, na opinião pública fortalezense. O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores vai defender uma frente ampla contra o bolsonarismo-wagnerista numa clara concorrência com o discurso de continuísmo administrativo da gestão pública do prefeito, Roberto Cláudio (PDT), isso precisa ser bem avaliado na coordenação da campanha do prefeiturável José Sarto (PDT), nas próximas horas. Luizianne Lins deverá fazer campanha de rua ou midiática ao lado do candidato pedetista cirista-robertista?

 


O senador Eduardo Girão (PODE) deverá ser o novo porta voz do bloco partidário oposicionista, no segundo turno do pleito eleitoral fortalezense. O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Antônio Henrique (PDT), deverá ser um grande articulador político-eleitoral entre os vereadores reeleitos e os vereadores não reeleitos. O presidente estadual do Cidadania, o empresário Alexandre Pereira, com certeza será uma peça chave de manutenção de parte do eleitorado liberal anti-petista, no palanque do prefeiturável José Sarto (PDT), assim como o Cidadania terá uma participação maior nas campanhas de ruas, nos bairros fortalezenses, em função de sua nova bancada ser toda oriunda dos novos movimentos populares da atual gestão do prefeito Roberto Cláudio (PDT). 

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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