domingo, 16 de fevereiro de 2020

Centro Democrático: Fortaleza e Ceará


O radicalismo dos discursos político-institucionais já é um fato no espectro ideológico brasileiro. As correntes bolsonaristas e os movimentos sociais pró-Lava Jato são adversários do lulopetismo e dos seus aliados após o término da eleição presidencial de 2018. O cenário partidário no país não é mais divido apenas entre os partidos da situação ou bloco partidário de apoio ao Planalto versus as oposições e as suas agremiações partidárias, no seu lugar foi colocado o personalismo do presidente Jair Bolsonaro versus o personalismo do ex-presidente Lula, em relação ao debate público nas redes sociais, com a reprodução dos fatos nas mídias tradicionais de comunicação: Televisão, Jornal e Rádio.


No Congresso há quase um consenso da necessidade de aprovação das reformas (Tributária, Fiscal e Administrativa), para o retorno do equilíbrio fiscal na União e nos Estados, assim como o crescimento econômico e a criação de vagas de trabalho. Os partidos independentes como o Podemos e o Cidadania 23 fazem junto ao Centrão (DEM-MDB-PP-PSD-PL(PR)-Republicano(PRB) e outros), uma aliança que já faz o papel de fiador político-sociail da relação republicana entre o Executivo e o Legislativo, na garantia da governabilidade, para a sociedade civil e os agentes dos mercados financeiros. O centro democrático brasileiro não é frente partidária, pois funciona como uma nova frente de atores partidários anti-polarização da política nacional nos centros regionais. A primeira sinalização de superação do enfrentamento entre os bolsonarista-lava jatistas contra o lulopetismo vem do Rio Grande do Sul. 

O governador gaúcho, o tucano Eduardo Leite, foi o grande responsável pela criação do primeiro núcleo do Centro Democrático da política brasileira, em solo regional. Eduardo Leite trouxe os ditames das políticas públicas federais do ministro Paulo Guedes, com isso obteve o apoio do PSL e do Novo (30), como também do Podemos e do Cidadania 23, assim como do Centrão gaúcho nas votações das reformas da previdência e administrativa. Num segundo momento, o chefe do executivo gaúcho ainda conseguiu um diálogo pertinente e republicano, com o bloco oposicionista (PT-PSOL-PDT), no trâmite das reformas nas Comissões e no Plenário, e também nas votações abertas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. 


No município de Fortaleza, o empresário e presidente estadual do Cidadania 23, Alexandre Pereira, já tem uma agenda política-partidária para atração de novos atores sociais, para o pleito eleitoral de 2020, ele ira utilizar o modelo de Centro Democrático. O senador Tasso Jereissati (PSDB) e o presidente do Democrata secção cearense, o empresário Chiquinho Feitosa, são os responsáveis pela criação do bloco PSDB e DEM; num tentativa de criação do modelo Centro Democrático Estadual. O Cidadania 23 é o bloco partidário entre o PSDB e o Democrata que têm condição de manter um bom diálogo na área de políticas públicas, nos próximos dias, sem a necessidade nesse momento de alguma discussão política-eleitoral, para o pleito de Fortaleza, desse ano.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 16 de Fevereiro de 2020





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