A agremiação partidária o Novo (30) é sem dúvida a grande novidade política-partidária da eleição municipal de Fortaleza de 2020. O eleitorado, liberal fortalezense na área econômica, com certeza deverá marchar bem distante das agremiações partidárias tradicionais. O caso mais recente desse fenômeno é a votação obtida pelo deputado estadual, Heitor Férrer (SD), nos bairros nobres da capital cearense, no pleito eleitoral de 2012, no primeiro turno.
É preciso entender o motivo da rejeição da classe média fortalezense por prefeiturável de perfil populista. Isso é fato histórico já comprovado nas últimas cinco eleições municipais de Fortaleza, com as derrotas dos candidatos popularescos nos bairros nobres de Fortaleza: Moroni Bing Torgan (2000-2004-2008 e 2012) e o Capitão Wagner (2016). O atual prefeito da capital cearense, o médico Roberto Cláudio (PDT), teve grande sua vitória entre os eleitores, com os melhores índices de escolaridade e classe econômica, no segundo turno do pleito eleitoral de 2012 e 2016. Fato esse, talvez por ter a menor rejeição eleitoral nesses segmentos sociais mais abastados de Fortaleza.
O empresário e pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Geraldo Luciano (Novo), tem condição de ocupar a posição de representante natural das pautas sociais da classe média fortalezense, no pleito eleitoral de Fortaleza. Geraldo Luciano não precisa aderir ao discurso moralista do presidente Jair Bolsonaro, mas o mesmo precisa defender o discurso técnico-administrativo e político do ministro da Economia, Paulo Guedes, nas seguintes reformas: Previdência, Tributária e as Privatizações. Já existe um grande eleitorado neoliberal social na sociedade civil fortalezense, com enorme capacidade de impor uma boa votação, para a sua escolha partidária-eleitoral, no primeiro turno do pleito eleitoral de Fortaleza.
O prefeito Roberto Cláudio (PDT) só tem duas alternativas eleitorais bem avaliadas na classe média Fortalezense: senador Cid Gomes e o deputado estadual Salmito Filho. Roberto Cláudio terá muita dificuldade de derrotar a candidatura do Capitão Wagner (PROS), nos bairros periféricos, no pleito eleitoral de Fortaleza, no primeiro turno. O líder pedetista não deverá lançar politicamente nenhum sucessor ao executivo municipal, sem antes verificar se o mesmo terá uma relativa aceitação popular nas classes médias da capital cearense.
O provável prefeiturável, Geraldo Luciano (Novo), não deve tentar nenhuma excursão aos eleitores mais pobres de Fortaleza. Geraldo Luciano deverá manter a sua aproximação com os eleitores mais ricos da capital cearense. É uma estratégia política-eleitoral simples que foi muito eficiente no pleito eleitoral de 2012, na candidatura da coligação PDT - Cidadania (Heitor Férrer). O Novo (30) tem uma grande possibilidade de fazer a viabilização do seu candidato a prefeito de Fortaleza, com certa antecedência, em relação ao Partido Democrático Trabalhista, no início do próximo ano.
As palestras e os seminários produzidos internamente na agremiação partidária Novo (30), já começam a atrair um grande contigente de simpatizantes, nos bairros nobres de Fortaleza, mais especificamente na Aldeota e Meireles, porém com reflexo no bairro de Fátima e na grande Bezerra de Menezes; assim como a grande Messejana. Deste modo não é muito difícil prever o surgimento do primeiro partido liberal fortalezense. O provável candidato a prefeito de Fortaleza, o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), também é o representante da classe média fortalezense, com viés mais favorável as bandeiras de gêneros.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político
Fortaleza, 03 de Outubro de 2019
Geraldo Luciano representa a opção e possibilidade de Fortaleza ter um prefeito voltado para uma gestão eficiente e empreendedora que busca modernizar a gestão pública. Não há carreirismo político e sim o comprometimento de construir de Uma Fortaleza melhor para todos.
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