sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Alexandre Pereira e o Cidadania (PPS) - O Centro Democrático Fortalezense

O Partido Popular Socialista tem mais de três décadas de atuação na política nacional e local, no atual período da nova república (1985-2019). O Partido Comunista Brasileiro se tornou o PPS, no início dos anos 90. Neste ano o PPS-PCB passou a ser chamado de Cidadania 23. Tornando-se sem dúvida o primeiro partido de centro ou centrista da política brasileira. Qual será o papel do Cidadania-PPS no pleito eleitoral de Fortaleza?

O presidente nacional do Cidadania-PPS, o ex-senador Roberto Freire (PE), sempre manteve a sua agremiação partidária na oposição ao presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), assim como no período lulista-dilmista (2003-2016). No período do ex-presidente Michel Temer (2016-2018) o Cidadania-PPS manteve posicionamento de independente, em relação ao Palácio do Planalto, porém compreendeu a necessidade das medidas saneadoras no erário público da equipe do ex-ministro da Fazenda, o economista Henrique Meirelles, na tentativa desesperada de equilibrar as contas públicas.

O Cidadania-PPS se movimentou no início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), para o centro do espectro ideológico brasileiro. O governador maranhense, Flávio Dino (PC do B) e o cearense e ex-governador, Ciro Gomes (PDT), também fizeram o mesmo movimento, para o centro democrático da política brasileira, num movimento idêntico ao Cidadania-PPS, em detrimento as suas agremiações partidárias. O Podemos do senador Álvaro Dias tem discurso republicano centrista, porém caminha para uma posição de centro-direita, como o Partido Oficial da Lava-Jato (Sérgio Moro). O Podemos e o Cidadania-PPS têm posições idênticas no Congresso (Senado e Câmara), em relação às reformas econômicas: Previdência, Tributária, Pacto Federativo e as Privatizações.

No próximo ano teremos as eleições municipais, em todo território brasileiro. Na cidade de Fortaleza vai ter candidato de centro-direita bem competitivo, com boa chance de ser vencedor ainda no primeiro turno. Eu falo do quase prefeiturável do PROS, o deputado federal Capitão Wagner, da frente partidária oposicionista (PROS-Podemos-PSC) ao prefeito Roberto Cláudio e do grupo político dos irmãos Gomes (Ciro-Cid). Há uma tendência do Democrata secção cearense e o PSDB nacional do governador paulista, o empresário João Doria, a manisfestarem apoio ao Capitão Wagner, no pleito eleitoral de Fortaleza de 2020.

O empresário e presidente estadual do Cidadania-PPS, Alexandre Pereira, mantém o apoio à atual administração municipal de Fortaleza, no campo administrativo e no campo legislativo, isso é fato. Alexandre Pereira tem noção da estratégia do prefeito Roberto Cláudio de somente fazer a indicação do seu candidato a sua própria sucessão na prefeitura de Fortaleza, apenas na véspera do início do período oficial eleitoral. O Partido Democrático Trabalhista secção fortalezense poderá optar por uma candidatura desconhecida da opinião pública, com certeza o Cidadania-PPS vai lançar uma candidatura a prefeito de Fortaleza, no próximo ano (2020).


O Cidadania-PPS deverá tentar ocupar o centro democrático fortalezense, num primeiro momento junto aos principais atores sociais da classe média tradicional, com concorrência direta ao Novo 30 (Geraldo Luciano) na centro-direita. Quanto ao espectro da centro-esquerda será uma concorrência direta, com o quase prefeiturável, Renato Roseno (PSOL), que tem discurso palpável aos eleitores progressistas dos bairros nobres de Fortaleza. Cidadania-PPS não será peão no tabuleiro da sucessão municipal de Fortaleza de 2020.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 04 de Outubro de 2019



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