quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Artigo no Jornal O Estado - Popularidade Política - A Impopularidade de Dilma Rousseff

O artigo que foi publicado na Quinta - Feira, 12 de Fevereiro de 2015, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Popularidade Política - A Impopularidade de Dilma Rousseff. 

A presidente Dilma Rousseff (PT) completa os seus quarentas primeiros dias de sua segunda gestão pública, com um cenário de queda de popularidade bem acentuada, de acordo a pesquisa Datafolha: apenas 23 por cento avaliam a sua gestão como ótima ou boa, no mês de fevereiro. Em dezembro, este percentual era de 42 por cento. A desaprovação pessoal da presidente disparou, com 44 por cento dos entrevistados apontando sua administração como ruim ou péssima.

O presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não poupou nenhum esforço político para abrir uma nova CPI Mista da Petrobras, com a participação dos senadores. Eduardo Cunha demonstra que tem o controle do baixo clero dos congressistas, com certeza já tinha os dados antecipados da queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). O presidente do Senado, o parlamentar Renan Calheiros (PMDB-AL) deverá ser o grande articulador político- administrativo do Planalto nas futuras votações no Congresso Nacional, nos próximos meses.

O Planalto tem pela frente uma missão quase impossível de aprovar, num Congresso Nacional (Senado/Câmara) nada amistoso, com uma base aliada estremecida e uma oposição mais organizada, duas medidas provisórias (MPs) com conteúdos  sobre ajustes nas regras para acesso as pensões por morte e a seguro- desemprego e abono salarial, além da medida que eleva as alíquotas de PIS/Pasep e Confins sobre a importação de mercadorias, propostas tidas como impopulares na opinião pública e nos setores organizados dos movimentos sociais.   

A presidente Dilma Rousseff (PT) ainda tem outra pauta problemática para o Congresso Nacional, que inclui ainda o Orçamento para este ano, proposta para o reajuste do salário mínimo, e a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), pois esse mecanismo é que vai permitir ao Planalto remanejar livremente 20 por cento do que arrecada com prazo final, em dezembro de 2015. Dilma Rousseff tem noção de suas dificuldades nos próximos dias, que foram acentuadas, com seus baixos índices de popularidade.

O núcleo político do Palácio do Planalto não tem perspectiva a curto prazo de recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) entre os brasileiros. Dilma Rousseff somente trabalha com a recuperação da imagem administrativa de sua segunda gestão pública, para o biênio 2017- 2018, para tentar ter novamente  sucesso na  presidência da República. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começa a preparar o Partido dos Trabalhadores para os dias difíceis do início da quarta administração petista à frente do Governo Federal.

                              Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, Sociólogo e Consultor Político

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