quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Artigo no Jornal O Estado - Dilma Rousseff refém político de Joaquim Levy.

O artigo que foi publicado na Quinta - Feira, 29 de Janeiro de 2015, no Caderno Opinião do Jornal O Estado.Titulo: Dilma Rousseff refém político de Joaquim Levy.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/janeiro-politico

A presidente Dilma Rousseff (PT) se manteve em silêncio quase absoluto durante o primeiro mês do ano de 2015, com apenas dois momentos impares: o dia de sua posse na presidência (01/01), e na primeira reunião ministerial do seu segundo mandato (27/01). No caminho inverso, o atual ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, fez discurso, em quase todos os dias do mês de janeiro. 

O ministro do Planejamento, o economista Nelson Barbosa e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, sob a coordenação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já formaram à Junta Orçamentaria para controle das contas públicas. O ajuste fiscal na economia brasileira vai produzir essa tríade de ministros, com intuito de serem os representantes das medidas impopulares perante a sociedade civil, enquanto, a presidente Dilma Rousseff (PT) mantém o seu estilo de silêncio administrativo.

O Congresso no mês de fevereiro deverá aprovar o novo pacote econômico do Planalto, sem muito questionamento dos principais pontos do ajuste fiscal: o aumento do PIS/Cofins para os produtos importados, a elevação de IPI para os cosméticos, como também aumento da Cide e PIS/Cofins sobre os combustíveis e a duplicação do IOF para crédito à pessoa física. As votações das mensagens do ajuste fiscal no Senado e Câmara deverão ser rápidas para não atrair os descontentamentos populares da sociedade civil.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não esperava essa exagerada exposição da sua imagem nos veículos de comunicações, como uma espécie de primeiro-ministro informal da presidente Dilma Rousseff (PT). Joaquim Levy é conhecido por seu estilo de trabalho quase  no anonimato nos cargos de confiança do setor público e do setor privado por onde passou nos últimos dozes anos. Na história da República Nova somente o ex-ministro Dilson Funaro (Plano Cruzado I e II) teve uma ascensão meteórica do anonimato para reconhecimento da maioria da opinião pública, em pouquíssimo tempo.

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não deverá adotar o estilo silencioso da atual chefe do Governo federal, pelo contrário, pois vai procurar criar um contraponto aos cortes orçamentários das políticas públicas sociais feitas pela atual Junta Orçamentaria do Planalto. O Partido dos Trabalhadores não procura um confronto com a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT), mas  também não irá atuar como  o principal agente moderador das medidas impopulares do ajuste fiscal, principalmente diante das manifestações dos setores produtivos da sociedade civil.

                                               Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.



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