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A presidente Dilma Rousseff (PT) prepara o maior ajuste fiscal da economia brasileira nos últimos vinte anos, somente para obter um aumento de receitas do Governo Federal na ordem de 70 bilhões. O corte de gastos e os aumentos dos tributos vão atingir o bolso do cidadão-contribuinte e do setor industrial da economia brasileira, este fato acarretará uma certa impopularidade à mandataria do Planalto.
O ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, tem sido bem objetivo nas suas declarações sobre os ajustes fiscais e sobre os aumentos dos impostos. A retomada do CIDE sobre os preços dos combustíveis, uma medida que irá arrecadar algo em torno de 22 bilhões de reais já nos próximos meses. O novo decreto do Governo Federal tributará a gasolina em 0,22 centavos e o diesel em 0,15 centavos por litro no início de fevereiro via PIS/Cofins.
A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá fazer alteração nos benefícios trabalhistas e previdenciários para gerar uma economia em torno de 18 bilhões aos cofres públicos. Dilma Rousseff vai cortar os subsídios ao setor elétrico no valor de 9 bilhões de reais previstos no Orçamento de 2015. As medidas fiscais vão entrar em vigor num período de aumento dos índices de desemprego na Indústria brasileira e dos apagões elétricos.
O ministro da Casa Civil, o economista Aloizio Mercadante, procura acalmar uma base aliada preocupada com os desgastes causados por esses ajustes ficais perante a opinião pública brasileira. O cotidiano do cidadão- contribuinte será atingido de uma maneira similar aos ajustes durante a implantação do Plano Real e da Crise Econômica dos Tigres Asiáticos na segunda metade da década de 1990.
O Planalto não tem saída, em relação às medidas adotadas para fazer o ajuste fiscal necessário, para equilibrar as contas públicas e o aumento das receitas financeiras da União. Os analistas financeiros defendem essas medidas ortodoxas na economia brasileira, com efeito de curto prazo de crescimento do PIB de 0,38% nesse ano e 1,80% no ano de 2016. Os efeitos positivos dessas medidas econômicas serão de longo prazo na área política-eleitoral de 2018.
A presidente Dilma Rousseff (PT) tem noção do prejuízo em curto prazo de sua imagem de gestora perante a opinião pública brasileira. O Partido dos Trabalhadores muito pouco influenciará na área econômica do Planalto, mas deverá perder uma parte significativa do seu discurso político-eleitoral de antítese ao discurso do mercado financeiro, que sempre atuava como um fortalecimento dos movimentos populares, porém agora a presidente Dilma Rousseff (PT) faz o inverso do seu discurso de campanha na sua reeleição em 2014.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político.
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