O artigo no Link do Blog do Jornal O Povo: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/fortaleza-apavorada-o-dia-em-que-a-classe-media-resolveu-ser-dona-de-sua-historia/
O movimento social
“Fortaleza Apavorada” teve um sucesso estrondoso entre a classe média alta. A
sociedade do medo está presente no cotidiano do fortalezense, sem distinção de
classes sociais. Nos bairros nobres da nossa capital cearense, nasceu esse
grupo associativista ou grupo de pressão crítico ao modelo de Segurança Pública
do Estado do Ceará.
A classe média tradicional é
classificada por famílias ou indivíduos com renda mensal acima de 10 salários
mínimos. Esse grupo social cresceu nos últimos 10 anos na cidade de Fortaleza. A
nova classe média de renda mensal que varia de 5 a 10 salários mínimos, sempre
se identifica com as causas politicas ou demandas sociais do estrato econômico acima
da mesma.
A classe dirigente do nosso
Governo Estadual e os seus aliados partidários e dos movimentos sociais, já se
divorciaram da realidade política da sociedade civil. O movimento organizado da
classe média alta demonstra um poder de se organizar à margem dessas
instituições não representativas das novas demandas sociais.
O consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O embrião do movimento Fortaleza
Apavorada vem do mesmo ideal que norteou o grupo social em defesa das “ Dunas do
Cocó “ em relação as pautas legislativas da Câmara Municipal de Fortaleza
que seriam favoráveis aos grupos de
interesses do setor imobiliário. Os idealizadores dos protestos nas redes
sociais, já haviam compreendido a existência de vários indivíduos dispostos
a participar desses novos movimentos
sociais, com uma participação relativa em alguns atos públicos. Os estratos
sociais com mais poder econômico e educacional são por natureza os
organizadores dessas lutas de vanguardas no seio da sociedade civil.
O pleito eleitoral de 2012
para prefeito de Fortaleza, foi marcado pelo engajamento da classe média
tradicional na campanha do deputado estadual Heitor Férrer (PDT–PPS), com
votações maciças no primeiro turno nos bairros nobres: Aldeota, Fátima, Cidade
dos Funcionários, Parquelândia, etc. Não havia uma grande estrutura de Comitês
nessas localidades, somente uma grande rede de apoio no espaço público da
Internet. O candidato pedetista foi fenômeno eleitoral na contramão das
candidaturas que foram ao segundo turno, com suas enormes estruturas
econômicas. Os grupos organizados das classes sociais A e B nos últimos dias votaram
no prefeito eleito de Fortaleza em detrimento do candidato do continuísmo
administrativo, no segundo turno.
O movimento “Fortaleza Apavorada”
é fruto de uma classe média alta que já começa a ganhar uma feição política
organizada na sociedade civil. Nas últimas horas tivemos vários parlamentares
com mensagens de apoio ao movimento, após o seu sucesso de proposta midiática e
de opinião pública. Os lideres sindicais patronais e dos trabalhadores irão seguir
o mesmo expediente da classe parlamentar.
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