O
presidenciável Ciro Gomes (PDT) deverá fazer a sua campanha eleitoral baseada
no discurso da necessidade das reformas estruturais: Trabalhista, Tributária e
Política. Ciro Gomes precisa ser o principal crítico do presidencialismo
coalizão e do neofisiologismo da aliança política-eleitoral do presidenciável
Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente Michel Temer (MDB). A classe média
brasileira necessita de uma candidatura presidencial que represente a
responsabilidade fiscal e a responsabilidade administrativa, porém tudo isso numa
linguagem bastante técnica.
O núcleo da
campanha do presidenciável Ciro Gomes precisa ressuscitar o período no qual, o
mesmo foi ministro da Fazenda, isso ocorreu em 1994, na época da estabilização do Plano Real. O
ex-presidente Itamar Franco foi o grande responsável pelo equilíbrio fiscal e o
equilíbrio financeiro da economia brasileira, na véspera da entrada do segundo
milênio. Ciro Gomes tem tudo para relembrar esse período importante do qual foi
o grande fiador da área econômica, com busca ser visto como o novo guardião da
estabilidade democrática nos próximos anos.
A tendência
do Partido Democrático Trabalhista é a de talvez não fazer nenhuma aliança no
campo do centro-esquerda lulista: PSB e o PC do B. O presidenciável Ciro Gomes
poderia abrir a mesa de negociação, com
os presidenciais de centro no campo político brasileiro: Marina Silva (REDE) e
o Álvaro Dias (Podemos). Ciro Gomes deveria direcionar as suas energias para a construção
da primeira coligação partidária brasileira anti-lulista e anti-tucano. Os presidenciáveis
Marina Silva e Álvaro Dias não teriam nenhum problema de conversar com o
presidenciável Ciro Gomes, nos próximos dias, lógico que isso terá que ser antes
do dia 05 de agosto.
O
ex-governador Leonel Brizola quase foi ao segundo turno na eleição presidencial
de 1989. Leonel Brizola reconheceu após a vitória do candidato direitista
(Fernando Collor), que o seu erro estratégico foi não
ter feito o diálogo de aliança eleitoral, com o presidenciável Mário Covas do
PSDB. O próprio Mário Covas também reconheceria depois o mesmo erro estratégico
na sucessão presidencial de 1989. O presidenciável Ciro Gomes tem poucos dias
para construir uma nova frente partidária, para impor uma derrota aos políticos
fisiológicos brasileiros.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor
político
Fortaleza, 22 de Julho de 2018
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa |
Muito bem colocado. Lembro do Ciro dizer que em 2002 estava contra o PSDB(desmoralizado) e contra o PT não experimentado. Agora ambos estão experimentados e desmoralizados, o Ciro tem a oportunidade que não teve em 2002 e deve explorar isso.
ResponderExcluirÉ muito difícil o presidenciável Ciro Gomes espera alguma contribuição da centro-esquerda (PSB-PC do B), por isso é necessário o diálogo urgente, com o presidenciável Álvaro Dias (Podemos) e a presidenciável Marina Silva (Rede).
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