terça-feira, 8 de maio de 2018

Adeus Joaquim Barbosa - O Fim do Anti-Político 2018


O ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) foi a última tentativa, do marketing eleitoral, de produzir um presidenciável que não fosse político profissional, para a opinião pública. Joaquim Barbosa estava sendo preparado para representar o novo líder nacional, sem os vícios fisiológicos da nossa classe dirigente. O marketing eleitoral já havia reproduzido os seus maiores sucessos políticos  que se tornaram também grandes fracassos administrativos: o ex-presidente Fernando Collor (1989) e a ex-presidente Dilma Rousseff (2010). 

No final do ano passado (2017) tivemos a tentativa de criação da pré-candidatura presidencial do apresentador global, Luciano Huck, como o protótipo perfeito do anti-político nas eleições de 2018. A situação financeira da Rede Globo, não deu condições de repetir o cenário vitorioso das eleições de 1989, pois o presidente Michel Temer (MDB) não tem a mesma relação política, que o ex-presidente José Sarney (1985-1990) tinha com o maior grupo de comunicação do Brasil, nos final dos anos 1980. Portanto sem novo Fernando Collor nas eleições 2018.



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no seu penúltimo ano (2009) do seu segundo mandato (2007-2010), decidiu eleger a sua ministra da Casa Civil, como o novo protótipo do anti-político oriundo da burocracia do primeiro escalão do Governo Federal. Luiz Inácio Lula da Silva montou a maior equipe de marketing eleitoral, com os recursos públicos disponíveis na época, para eleger a sua candidata, a ex-ministra Dilma Rousseff, no pleito presidencial de 2010. O resultado final de qualquer reengenharia eleitoral artificial é o fracasso administrativo.

A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro e os setores organizados da grande imprensa brasileira fizeram uma aliança informal, em torno do quase presidenciável Joaquim Barbosa. É importante frisar que é legítima essa união dos meios de comunicação tradicionais, com um representante partidário de tradição na política. O ex-ministro Joaquim Barbosa sempre teve noção do seu papel, como o representante oficial do mercado financeiro na área de telecomunicação, e também como a segunda via artificial contra a classe dirigente de políticos brasileiros, como uma espécie de Jair Messias Bolsonaro, com apoio de setores progressistas da sociedade civil. O ex-ministro Joaquim Barbosa teve medo de ser o novo Fernando Collor ou a nova Dilma Rousseff, repetindo tanto o ápice como a queda colossal.

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Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 



Fortaleza, 08 de Maio de 2018 


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