sexta-feira, 17 de julho de 2015

Cid Gomes será prefeito de Sobral - O retorno necessário para a micropolítica cearense




Artigo publicado no portal de notícia Ceará Em Off. Quinta - Feira, 16 de Julho de 2015. Título: Cid Gomes será prefeito de Sobral | O retorno necessário para a micropolítica cearense.



O ex-governador Cid Gomes comunicou aos seus correligionários as dificuldades de permanência no Partido Republicano da Ordem Social (PROS), por isso a necessidade da mudança, para as fileiras do Partido Democrático Trabalhista até o final do mês de setembro de acordo, com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral. Cid Gomes deverá ser candidato a prefeito de Sobral no próximo ano, fechando assim um ciclo de duas décadas do seu grupo político à frente da administração municipal: Cid Gomes (1997-2004), Leônidas Cristino (2005-2010) e Veveu Arruda (2011-2016).
A prefeitura de Sobral precisa ficar sobre o comando do ex-governador Cid Gomes, para ser a nova base política cidista-cirista, que irá possibilitar a reconstrução do mito de bom gestor público à frente de um cargo do executivo, após sua saída do Ministério da Educação. Cid Gomes começou uma peregrinação política-eleitoral na maior cidade da região Norte do Ceará, com o interesse de reorganizar a base aliada do atual prefeito, pois, já temos muitos sinais de desgastes da atual gestão pública. Os avanços sociais e as grandes obras na infraestrutura já foram absorvidas no cotidiano do cidadão-eleitor sobralense que procura uma renovação na figura do chefe do executivo, que não seja um correligionário de Cid Gomes, mas somente o próprio ou outro candidato de oposição.
O sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
O pleito eleitoral da cidade de Sobral vai unificar as lideranças estaduais adversárias do ex-governador Cid Gomes, numa grande frente de agremiações partidárias: Tasso Jereissati (PSDB), Lúcio Alcântara (PR), Eunicio Oliveira (PMDB) e Roberto Pessoa (PSB). Os senadores Tasso Jereissati e Eunício Oliveira vão criar uma agenda política-eleitoral de unificação dos grupos oposicionistas sobralenses, num planejamento estadualizado, com a liderança do ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, que tem condição de se deslocar para o município, mais de uma vez por semana. O ex-governador Lúcio Alcântara deverá permitir a participação do Partido da República na frente partidária oposicionista no município de Sobral.
A pré-candidatura de Cid Gomes poderá renovar o animo de sua própria base aliada na cidade de Sobral, para derrotar essa frente oposicionista local que tem o apoio das principais lideranças estaduais, com o desejo de reviver o anti-cidismo, no pleito eleitoral municipal de 2016. Cid Gomes não deverá pedir o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), como não usará também a boa avaliação administrativa do governador do Estado do Ceará, Camilo Santana (PT), para não fica dependente do Partido dos Trabalhadores, em função do desejo de demonstrar que ainda é a maior liderança local, sem apoio de qualquer força politica-eleitoral de fórum externo da cidade.
A micropolítica sobralense deverá ter uma dimensão bem maior, com a pré-candidatura de Cid Gomes ao cargo de prefeito do município, mas por outro lado é o único espaço possível de reagrupamento político-eleitoral dos irmãos Gomes, com redução gradual na esfera estadual, sem nenhum espaço de atuação real na macropolítica nacional. Cid Gomes precisa ser prefeito de Sobral, para continuar atuante como a maior liderança do cenário político cearense, o mesmo ainda corre o risco de não poder indicar ou interferir na reeleição do governador Camilo Santana (PT), no pleito eleitoral de 2018.

    Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político


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