terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PDT tenta evitar que PT assuma o Trabalho

Com a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, o PDT trabalha agora para evitar que o PT assuma a pasta no próximo ano. Em reunião ontem com a Executiva Nacional de seu partido, Lupi disse aos aliados que “qualquer um” do PDT que assumir o cargo será alvo de pressões. Parte da legenda atribui a crise de Lupi ao PT -que trabalha para recuperar o comando do ministério, que deixou de controlar em 2007. Nos bastidores, as centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada aos petistas, e a Força Sindical, vinculada ao PDT, têm interesse na pasta.

O PDT aguarda um chamado da presidente Dilma Rousseff para definir o futuro da legenda no governo, mas já está definido que eles não deixarão a base aliada. Dilma só deverá decidir a participação do partido -no Trabalho ou em outro ministério- na reforma ministerial, prevista para janeiro.

Diante da indefinição, o secretário nacional sindical do PT, João Felício, afirmou que a CUT não vai sugerir nomes. “O Ministério do Trabalho sob o comando do PDT priorizou centrais sindicais com que tem afinidade. A CUT defende uma relação republicana com as centrais e uma modernização sindical, mas não indica nomes: da mesma maneira que não pedimos a saída, não indicamos”, disse. O PDT montou uma comissão para negociar o espaço do partido no governo. A Executiva da sigla determinou que Lupi ficará fora do grupo para não atrapalhar as negociações com o Planalto.

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