quinta-feira, 1 de julho de 2021

Capitão Wagner e o Centro Democrático

 



O deputado federal Capitão Wagner (PROS) deve montar o maior grupo de oposição da política cearense, sem necessariamente precisar dos setores governistas dissidentes do condomínio político-administrativo do governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PDT). Capitão Wagner montou um novo arco de alianças partidárias, com o controle do diretório estadual do PSL, como também conseguiu a consolidação da parceria local, com a direção nacional do Republicano.

 

O surgimento do bloco conservador na política cearense já é uma realidade política-partidária, fruto do trabalho, do deputado federal Capitão Wagner (PROS) e do senador Eduardo Girão (PODE), nos últimos dois anos. A frente partidária oposicionista cearense tem dois partidos matrizes o PROS e o Podemos, com três partidos satélites: PSL, Republicano e PTB. Os setores liberais não alinhados politicamente e administrativamente ao Governo Estadual e a prefeitura de Fortaleza, ainda não têm vínculo forte ou consistente com o grupo wagnerista-eduardista que poderia ser feito através de um ou dois partidos. Capitão Wagner poderia acomodar os atores sociais liberais, nos seguintes partidos: PTC e Democracia Cristã.

 


Os liberais cearenses oposicionistas ao grupo do ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), têm feito alinhamento político-eleitoral com as candidaturas majoritárias do Capitão Wagner, contudo, nunca houve um alinhamento de adesão definitiva através de uma agremiação partidária. Capitão Wagner necessita de um campo democrático na sua coligação partidária, no próximo ano, com candidaturas competitivas ao Congresso e a Assembleia Legislativa do Ceará. O momento é propício para fazer à regionalização da sua candidatura a sucessão do governador, Camilo Santana (PT), em detrimento da nacionalização do pleito eleitoral; é a única saída do deputado federal Capitão Wagner (PROS). 

 

O governador Camilo Santana (PT) precisa reorganizar a sua base política-eleitoral nos setores organizados da sociedade civil, porém, através de agremiações partidárias. O Cidadania (PPS) e o Novo 30 são as principais opções partidárias de acomodação de aliados do setor liberal cearense, numa eventual frente partidária pró-situação ou pólo governista. O Solidariedade deve ser procurado nos próximos dias pelo governador Camilo Santana (PT) e o deputado federal, Capitão Wagner (PROS), como a principal agremiação partidária independente da política cearense, no pleito eleitoral do próximo ano.

 

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político






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