sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Harley Dias e a Estratégia Política

 



A estratégia política sempre esteve presente numa campanha eleitoral, como um departamento primordial na agremiação partidária ou núcleo político do candidato. Na largada do período eleitoral a estratégia política era substituída pelo marketing e pela publicidade de campanha eleitoral. As últimas três campanhas eleitorais (2016-2018-2020) literalmente recuperaram o papel da estratégia política, como ferramenta a ser mantida também no período eleitoral ao lado marketing e da publicidade.

O surgimento do espaço público abstrato da Internet, com as suas bolhas sociais, sem dúvida criou um novo espaço de atuação do cidadão-internauta, nas críticas aos administradores públicos, especialmente na área do executivo. No pleito eleitoral de 2016 nas três maiores capitais brasileiras - São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte,  os prefeitos da capital mineira e da capital carioca não fizeram os sucessores e o prefeito paulista não foi reeleito. As campanhas governistas (eleitorais) dessas grandes metrópoles subestimaram a estratégia política, como a melhor ferramenta de diálogo no período do pleito eleitoral, nas redes sociais. Os marqueteiros e os publicitários das campanhas governistas somente repetiram as estratégias tradicionais na televisão e rádio, sem a mínima preocupação, com as redes sociais. As campanhas oposicionistas usaram as estratégias políticas na desconstrução da imagem de eficiência das administrações vigentes nessas três capitais.


O deputado federal Jair Bolsonaro não tinha a garantia de nenhum grande partido para a sua empreitada eleitoral de 2018, para a presidência da República. Jair Bolsonaro investiu numa estratégia política nas redes sociais, com o resultado positivo, pois foi eleito presidente do Brasil. A estratégia política retornou ao cenário de campanha pré-eleitoral, como uma ferramenta primordial, porém, num trabalho conjunto com o marketing e a publicidade, no período eleitoral. Esta foi a grande lição do pleito eleitoral de 2018. O cidadão-internauta literalmente esnobou o velho modelo de campanha eleitoral do PT e do PSDB, na última sucessão presidencial.

A campanha eleitoral vitoriosa do atual prefeito de Fortaleza, o médico José Sarto (PDT), foi muito eficiente na sua campanha de rádio e televisão. Sua campanha também soube  usar na estratégia de marketing e publicidade eleitoral, de forma muito  eficiente uma política agressiva de desconstrução de imagem da candidatura petista, Luizianne Lins, no primeiro turno,  e dessa forma também no segundo turno conseguiu diminuiu o crescimento da candidatura oposicionista do deputado federal, Capitão Wagner (PROS), com isso  venceu por uma pequena margem de votos válidos. A estratégia política a frente das peças tradicionais de publicidade e marketing, nas ações vitoriosas da campanha vitoriosa pedetista, na capital cearense.


A minha pouca experiência com a estratégia política me ensinou, contudo, sempre a procurar os conselhos do melhor estrategista político que conheço, Harley Dias, que já esteve à frente de mais de doze campanhas eleitorais, nos municípios cearenses, não teve um único caso de insucesso. O próprio pode ser chamado de técnico futebolístico milagroso, pois, algumas vitórias eleitorais foram estratégias políticas, na contramão do marketing e da publicidade tradicional dos manuais de campanha. O único estrategista político que conheço na política cearense, é o Harley Dias.

As campanhas eleitorais nas redes sociais ainda é território desconhecido para os consultores políticos e os profissionais liberais da área de comunicação política ou comunicação partidária. O jornalismo político ainda tem dificuldade de diferenciar um fenômeno social nas redes sociais, como o fruto de ação eficiente de estratégia política, e não mais um marketing ou peça publicitária das mídias tradicionais, com pouca influência na blogosfera. O papel do consultor político é fazer um trabalho conjunto, com um experiente estrategista político, que no meu caso específico é o Harley Dias, nas campanhas eleitorais do próximo ano (2022), no Ceará.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político 




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