O futuro político-eleitoral do Sérgio Moro não é incógnita no espaço público, pois a sua candidatura presidencial será muito relevante no pleito de 2022. Sérgio Moro deverá ser o candidato ideal da classe média brasileira que não deseja o retorno do lulopetisto, como também não nutre simpatia pela reeleição do presidente, Jair Bolsnonaro, em síntese representa o novo centrismo ideológico da política brasileira.
O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e o presidente do Cidadania 23, o ex-deputado federal Roberto Freire, têm feito um grande esforço na construção da pré-candidatura do apresentador televisivo, Luciano Huck, para o pleito eleitoral de 2022, como um potencial adversário do ex-presidente Lula na região do Nordeste, seria também o principal concorrente do presidente Jair Bolsonaro no eixo Sudeste-Sul e Centro-Oeste.
A longa experiência de Fernando Henrique Cardoso e de Roberto Freire na política nacional, já sinalizava o enfrentamento da chapa majoritária de reeleição composta pelo atual chefe do executivo do Governo Federal, com o ex-juiz, Sérgio Moro, que seria o provável pré-candidato a vice-presidente, na chapa governista, esse cenário desapareceu. O rompimento político-institucional de Sérgio Moro com o presidente, Jair Bolsonaro, já coloca a pré-candidatura de Luciano Huck fora do radar do eleitorado conservador laico e do eleitorado liberal, com isso haverá uma ponte de negociação do ex-presidente FHC e do ex-deputado federal, Roberto Freire, com o ex-ministro da Justiça.
O senador Álvaro Dias e a presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu, já trabalham desde 2019, com a filiação do ex-ministro, Sérgio Moro, aos quadros da agremiação partidária. Sérgio Moro deverá fazer essa filiação, com uma certa antecedência, pois é do seu interesse a criação de uma coligação partidária ou frente partidária oposicionista. O morismo não é anti-política institucional, isso é algo muito importante, nesse momento para a classe média tradicional que deseja um período de estabilidade econômica e política no Palácio do Planalto a partir de 2023. O presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar, tem interesse em apoiar a pré-candidatura de Sérgio Moro, para a presidência da República. As agremiações partidárias de centro-direita têm interesse em fazer parte do projeto presidencial do Podemos, com o apoio do PSL: Patriota, PROS, Avante e PTC.
O ex-ministro Sérgio Moro não é um aprendiz na arte da política visível e da política invisível ou política de bastidores. Sérgio Moro tem apoio de membros do STF, assim como membros da Polícia Federal e da Receita Federal. A Rede Globo já alimenta o seu noticiário diário numa perspectiva pró-Sérgio Moro e anti-Jair Bolsonaro. O mercado financeiro perdeu a fé ideológica, em relação ao presidente Jair Bolsonaro, com isso é plausível o apoio político-financeiro ao projeto eleitoral presidencial do Podemos e PSL para a presidência da República.
O palanque presidencial com uma candidatura centrista, já estava em gestação independente do interesse político-eleitoral do ex-juiz, Sérgio Moro, por isso a minha análise, sem dúvida precisava transcrever esses cenários. É necessário ter a compreensão da reorganização do mapa político-eleitoral brasileiro após as séries de crises institucionais do presidente,Jair Bolsonaro, nos últimos sessentas dias. O bolsonarismo e o lulopetismo não vão ocupar o centro político-ideológico do eleitorado brasileiro, com isso há espaço para o morismo ou pré-candidatura presidencial conservadora pró-mercado e laica ao estilo liberal social.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
Fortaleza, 06 de maio de 2020
A extemporânea candidatura do ex Ministro Moro, atropelou esse projeto que pelo jeito era só dele. Os rumos que se seguiram à sua demissao, parece mostrar um desejo político oculto em queima-lo, antes que ele pudesse se viabilizar de fato.
ResponderExcluirSem dúvida, a sua hipótese pode acontecer num cenário de médio prazo. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
Excluirse estiver em liberdade e não preso, quem sabe??? mas traíra nunca foi eleito neste país...
ExcluirDe forma alguma, detesto traíra
ResponderExcluirSem dúvida, o eleitorado bolsonarista nunca vai perdoar o ex-ministro Sérgio Moro. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo e consultor político
ExcluirEngano seu... quem sabe ler entendeu muito bem o recado que o Sérgio Moro deu.
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