terça-feira, 30 de julho de 2019

Camilo Santana e o afastamento político-administrativo de Ciro Gomes

O governador Camilo Santana (PT) sempre foi a simbiose político-administrativo entre o senador Cid Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT), com isso nunca houve identificação por parte do chefe do executivo estadual, com o ex-governador Ciro Gomes (PDT). Camilo Santana fez da sua visita ao cárcere de Lula; o seu principal movimento abrupto na política cearense. Ciro Gomes foi aliado (2003-2018) do Lula e do Partido dos Trabalhadores até o primeiro semestre do ano passado.

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) não teve grande vitória eleitoral no primeiro turno da sucessão presidencial de 2018, na sua terra natal (Ceará). Ciro Gomes teve 41% dos votos válidos dos cearenses, no primeiro turno da sucessão presidencial, já o ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) teve o sufrágio de 33% dos eleitores alencarinos, no mesmo pleito eleitoral. O governador Camilo Santana (PT) não fez campanha, para o seu companheiro partidário na primeira etapa da eleição para presidente, em solo cearense. A campanha de reeleição do senador Eunício de Oliveira (MDB) foi responsável por fazer a campanha do candidato petista a presidente da República, no Estado do Ceará, nessa etapa eleitoral. Eunício de Oliveira tinha o aval de Camilo Santana e do ex-presidente Lula.

O grupo político do ex-governador Ciro Gomes (PDT) não fez campanha favorável a candidatura à reeleição de Eunício de Oliveira ao Congresso Alto (Senado), pois o mesmo era aliado do ex-presidente Lula e do candidato petista (Fernando Haddad) a presidente da República. A não recondução do senador Eunício de Oliveira ao seu cargo parlamentar, acendeu a luz amarela no grupo político do governador Camilo Santana, que no período do segundo turno da sucessão presidencial, não poupou nenhum esforço pró-Fernando Haddad entre os eleitores cearenses. Destaco o importante detalhe de que essa foi a primeira eleição majoritária de Camilo Santana na política cearense, sem a participação do grupo do ex-presidenciável Ciro Gomes, no mesmo palanque. A ação conjunta do triunvirato Camilo Santana - Lula - Fernando Haddad foi responsável pela votação recorde de 71% dos votos válidos, no segundo turno da sucessão presidencial, em solo cearense.

O governador Camilo Santana (PT) deverá lançar uma candidatura petista a sucessão municipal do prefeito, Roberto Cláudio (PDT), ou fazer aliança informal, com o pré-candidato Capitão Wagner (PROS), na sucessão municipal da capital cearense. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) tentará  fazer aliança com o senador Tasso Jereissati que deverá sair do PSDB, para ir ao partido Democrata, com isso teremos a reedição da aliança política-administrativa entre PDT e DEM, em síntese antipetista, no pleito eleitoral de Fortaleza. O senador Cid Gomes (PDT) manterá a sua aliança política-administrativa, com o governador Camilo Santana (PT). Cid Gomes é o único pedetista que teria o apoio de Camilo Santana, para sucedê-lo no comando do executivo do Governo Estadual.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político 

Fortaleza, 30 de Julho de 2019 




6 comentários:

  1. Respostas
    1. É o retorno das análises quase diárias. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político

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    2. Você é o meu grande referêncial de análise política. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político

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  2. Meu nobre amigo Amaudson Ximenes. O seu comentário é muito importante pra mim.

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  3. O Blog do Luiz Cláudio está aberto aos seus artigos. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa sociólogo e consultor político

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