sábado, 23 de março de 2024

O PT, a hegemonia e o discurso de cúpula


 



Por Acrísio Sena


Chamou atenção nas últimas semanas o mantra da hegemonia do PT, repetido por diversas lideranças da política cearense. Segundo essas figuras, o PT não poderia pleitear a Prefeitura de Fortaleza, uma vez que comanda os governos estadual e federal.


Seria a hegemonia política de um partido. Esse discurso não se sustenta na atualidade. Em quatro décadas, o PT se tornou o maior partido do campo democrático e popular da América Latina e um dos maiores do mundo. Com políticas de inclusão social e experiências de governança nos âmbitos federal, estadual e municipal reconhecidas dentro e fora do país. É atualmente a força política preferida dos brasileiros (34,6% - Atlas/Intel). Diante disso, afirmo: não existe justificativa plausível capaz de fazer o PT abrir mão da sua história, popularidade e voto. Até porque, na história republicana do Ceará, nenhum grupo político abriu mão do poder quando teve chance de disputar. 


Abdicar da disputa da quarta maior capital do país é o mesmo que negar sua essência política junto à sociedade. Lembrando um famoso ditado popular: "time que não joga, não tem torcida". É evidente que a narrativa de hegemonia não passa de estratégia de cúpula. Não tem aderência na opinião pública e, no final das contas, serve apenas para desviar o foco central de um novo projeto para Fortaleza. 



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